Devocional 16\06\2021 A DISPERSÃO E GLÓRIA DA NAÇÃO DE ISRAEL
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
16\06\2021
TÍTULO
A DISPERSÃO E GLÓRIA DA NAÇÃO DE ISRAEL
TEXTO
O leitor atento das sagradas
Escrituras encontra no Salmo 44 uma profunda questão espiritual tendo a nação
de Israel como pano de fundo teológico e histórico a fim de destacar verdades preciosas
a respeito da pessoa de Deus. O questionamento levantado pela leitura deste
salmo diz respeito as derrotas experimentadas pelo povo de Deus sem que aja uma
razão aparente que as justifique. Qual a razão e propósito do ódio demonstrado
por este mundo aqueles que servem ao Senhor? Nação nenhuma na história humana
provou deste fato no mesmo nível da nação de Israel, e este salmo nos serve de
testemunho a esta verdade.
O salmista inicia sua
dissertação recordando das maravilhosas intervenções de Deus em prol de seu
povo “Ó DEUS, nós ouvimos com
os nossos ouvidos, e nossos pais nos têm contado a obra que fizeste
em seus dias, nos tempos da antiguidade. Como expulsaste os gentios com a tua mão e os plantaste a eles; como afligiste
os povos e os derrubaste. Pois não conquistaram a terra pela sua espada, nem o seu braço os
salvou, mas a tua destra e o teu braço, e a luz da tua face, porquanto te
agradaste deles” (versos 1 a
3). Tais intervenções divinas inspiram a adoração e encorajamento do salmista,
que se gloria no Deus que sustém “Por ti venceremos os nossos inimigos; pelo teu nome pisaremos os que se
levantam contra nós... Em Deus nos gloriamos todo o dia, e louvamos o teu nome
eternamente” (versos 5,8).
Encontramos nos versos seguintes uma abrupta modificação na condição do
povo de Deus, sem que aja uma causa aparente que justifique tal condição “Mas
agora tu nos rejeitaste e nos confundiste, e não sais com os nossos exércitos. Tu nos fazes retirar do inimigo, e
aqueles que nos odeiam nos saqueiam para si. Tu nos entregaste como ovelhas para
comer, e nos espalhaste entre os gentios” (versos 9 a 11). Subitamente espalhado entre as nações, o povo de Deus rapidamente
se torna motivo de escárnio e zombaria por parte de seus muitos inimigos “Tu nos pões por opróbrio aos nossos vizinhos, por escárnio e zombaria
daqueles que estão à roda de nós. Tu nos pões por provérbio entre os gentios, por movimento de cabeça
entre os povos” (versos 13,14).
Apesar das condições catastróficas
descritas pelo salmista, ele testemunha que o coração do povo de Deus
continuava fiel ao Senhor “Tudo isto nos sobreveio; contudo não
nos esquecemos de ti, nem nos houvemos falsamente contra a tua aliança. O nosso coração não voltou atrás, nem
os nossos passos se desviaram das tuas veredas” (versos 17,18). O salmista apela a onisciência
do próprio Deus como testemunha desta verdade, ao dizer “Se nós esquecemos o
nome do nosso Deus, e estendemos as nossas mãos para um deus
estranho, porventura não esquadrinhará Deus isso? Pois
ele sabe os segredos do coração” (versos 20,21). Finalmente, a razão do ódio das nações contra Israel é
claramente revelada “Sim, por amor de ti,
somos mortos todo o dia; somos reputados como ovelhas para o matadouro” (verso 22). Nem pecado, nem infidelidade, o
terror que se abatia sobre o povo de Deus tinha como única causa sua
identificação com Ele. A nação de Israel era perseguida unicamente por representar
o poder de Deus neste mundo.
Os sábios leitores das Escrituras
reconhecem que não será assim a condição futura da nação de Israel, pois o Senhor
certamente ouvirá o clamor do salmista “Desperta, por que
dormes, Senhor? Acorda, não nos rejeites para sempre” (verso 23). Em sua epístola aos romanos o
apóstolo Paulo deixa transparecer claramente esta verdade ao dizer “Porventura
rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum; Deus não rejeitou o seu povo, que
antes conheceu” (Romanos 11.1,2). Muito em breve veremos a nação de Israel
levantada ao lugar prometido a eles pelo Senhor, “Orai pela paz de Jerusalém; prosperarão aqueles que te amam” (Salmo 122.6).
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