Devocional 19\06\2021 CINCO CONSIDERAÇÕES DO SÁBIO A RESPEITO DA RIQUEZA QUE UM HOMEM PODE VIR A ACUMULAR
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
19\06\2021
TÍTULO
CINCO CONSIDERAÇÕES DO SÁBIO A RESPEITO
DA RIQUEZA QUE UM HOMEM PODE VIR A ACUMULAR
TEXTO
A forma como um homem
encara a questão das riquezas materiais diz mais sobre ele do que ele mesmo
pode imaginar. A extensão deste assunto nas sagradas Escrituras é uma
demonstração de quão seriamente esta questão deve ser encarado pelo ser humano,
e de quão profundamente as riquezas terrenas podem escravizar a alma humana. Encontramos no livro de Eclesiastes
precioso ensino quanto a este tema, tratando a questão das riquezas terrenas a
partir de três verdades básicas: a riqueza terrena é um valor transitório,
inconfiável e que transmite uma falsa noção de segurança. O quinto capítulo
deste livro nos apresenta seis razões que servem para reforçar estas verdades, e
faremos bem em dar ouvidos a elas.
A primeira destas verdades é que riqueza terrena alguma é capaz de
satisfazer a alma humana, como lemos no versículo dez “Quem amar o
dinheiro jamais dele se fartará; e quem amar a abundância nunca se
fartará da renda; também isto é vaidade” (Eclesiastes 5.10). Não há quantidade de
dinheiro, bens ou posses que faça uma pessoa satisfeita, pois a alma humana
sempre desejará mais. Encontramos a razão desta verdade na insaciável concupiscência
dos olhos, como citada pelo apóstolo João. A segunda verdade que encontramos no
quinto capítulo do livro de Eclesiastes nos ensina que junto com as riquezas
que uma pessoa acumula são acrescentadas responsabilidades
adicionais a vida, como vemos no verso 11 “Onde os bens se multiplicam, ali se
multiplicam também os que deles comem; que mais proveito, pois, têm os
seus donos do que os ver com os seus olhos?” (Eclesiastes 5.11). A tendência humana é pensar que o acumulo de bens
materiais lhe trará a desejada tranquilidade, porém o caso citado neste texto mostra que, embora possua mais bens, ele terá
que arcar com situações que antes não vivenciava. A terceira verdade revelada
pelo sábio encontra-se no verso 12, ao dizer que junto com as riquezas advém
também preocupações “Doce é o
sono do trabalhador, quer coma pouco quer muito; mas a fartura do rico não o deixa
dormir” (Eclesiastes 5.12). A falta de sono do homem
abastado pode ser resultado de seu temor de ser roubado e desprovido de seus
bens, ou mesmo consequência das acusações de sua consciência devido a crimes
que tenha cometido a fim de proteger seu patrimônio. A quarta verdade demonstra
que riquezas também podem potencialmente atrair danos e enfermidades não
desejadas “Há um grave
mal que vi debaixo do sol, e atrai enfermidades: as riquezas que os
seus donos guardam para o seu próprio dano” (Eclesiastes 5.13).
O homem pensa nas riquezas como algo que vai ajuda-lo, mas no fim pode
vir a descobrir que estas mesmas riquezas trouxeram sobre ele males que o
prejudicaram severamente. A quinta verdade revelada pelo sábio diz respeito ao
fato que os bens materiais terrenos não são garantia que a descendência de um
homem não terá problemas futuros “Porque as mesmas riquezas se perdem por
qualquer má ventura, e havendo algum filho nada lhe fica na sua mão” (Eclesiastes 5.14). É importante considerar que bens terrenos podem ser ganhos e perdidos com muita facilidade, e aquilo
que o homem confiava para garantir a segurança de seus descendentes pode
desaparecer em um instante. A sexta e última verdade revelada pelo sábio nos
lembra que riquezas terrenas não nos acompanham a eternidade “Como saiu
do ventre de sua mãe, assim nu tornará, indo-se como veio; e nada
tomará do seu trabalho, que possa levar na sua mão” (Eclesiastes 5.15), ou seja, tanto no
nascimento quanto na morte o ser humano é resumido ao absoluto nada.
Quão importante é que nos
lembremos da exortação do Mestre quanto a esta questão “Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque
a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui” (Lucas 12.15).
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