Devocional 21\06\2021 O PERIGO DE DEPOSITARMOS A CONFIANÇA EM UM FALSO ÁLIBI
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
21\06\2021
TÍTULO
O PERIGO DE DEPOSITARMOS A CONFIANÇA EM
UM FALSO ÁLIBI
TEXTO
O
décimo capítulo da primeira epístola de Paulo aos coríntios contém uma
exortação a qual os salvos em Cristo devem devotar sincera atenção, a qual o
apóstolo roga que não seja ignorada. Tomando por base os fatos históricos
ocorridos durante a peregrinação do povo de Israel a terra prometida, o
apóstolo relata os inúmeros privilégios provados pela enorme multidão de
peregrinos, assim como seus terríveis pecados, que acabaram por culminar na
condenação da maior parte daquela geração. Paulo usa destes fatos a fim de
exortar diretamente aos salvos em Cristo “Aquele,
pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia” (1 Coríntios 10.12). Faremos bem em dar ouvidos a
esta verdade.
A primeira porção desta
exortação relembra as muitas maravilhas da qual todos aqueles que foram
libertados no Egito provaram “ORA, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais estiveram
todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar. E todos foram batizados em
Moisés, na nuvem e no mar, e todos comeram de uma mesma comida espiritual, e
beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual
que os seguia; e a pedra era Cristo” (1
Coríntios 10.1 a 4). O argumento central deste relato encontra-se na expressão “todos”,
ressaltando cinco privilégios espirituais que todas aquelas pessoas provaram:
todos eles provaram do frescor da nuvem que os protegia do sol escaldante,
todos eles foram salvos da destruição ao passar em meio ao mar, todos eles
foram liderados por Moisés em sua jornada, todos eles comeram do maná celestial
enviado por Deus e todos eles saciaram sua sede ao beber das águas que jorraram
da rocha. Tais bençãos podem nos levar a acreditar que aquelas pessoas foram
aprovadas por Deus quanto a sua conduta, porém não é isso que Paulo nos revela “Mas
Deus não se agradou da maior parte deles, por isso foram
prostrados no deserto” (1 Coríntios 10.5). Aquela multidão de pessoas acabou
por perecer no deserto, porém não todos, pois Josué e Calebe foram admitidos na
terra prometida, revelando a reprovação de Deus sobre a maior parte deles.
O motivo do apóstolo
Paulo ter lançado mão destes fatos históricos é revelado no verso 6 “E estas coisas foram-nos
feitas em figura, para que não cobicemos as coisas más, como
eles cobiçaram” (1 Corintios 10.6). O
argumento do apóstolo serve de ressalva aos salvos em Cristo quanto a conduta
praticada pelo povo de Israel que os levou a serem reprovados pelo Senhor,
apesar de todas as bençãos que provaram durante sua jornada. Tais bençãos
forneceram aquelas pessoas a um falso álibi de segurança. Aquelas pessoas julgavam que tudo estava bem com eles uma
vez que participavam de bençãos que Deus concedia a seu povo, assim como os
salvos em Cristo podem pensar que tudo está bem com eles porque tem visto Deus
abençoar a sua igreja. Provar das inúmeras bençãos de Deus aquele povo fez com
que o povo de Israel desse lugar a um comportamento audacioso, sem temor pelo
pecado e pelo nome do Senhor, nos servindo de alerta a fim de não cairmos na
mesma armadilha. As bençãos derramadas sobre uma igreja não
devem conduzir os salvos a uma falsa noção de segurança, como se mal nenhum
pudesse os atingir, assim como não devem conduzi-los a libertinagem, como se
Deus jamais fosse capaz de disciplinar seus filhos. E, principalmente, as
bençãos derramadas sobre uma igreja não devem conduzir ninguém a incredulidade,
como se não necessitassem confiar no Senhor em todas as coisas
A verdade ressaltada pelo apóstolo Paulo é que nenhum salvo deve sentir-se
seguro enquanto dá lugar ao pecado. Que nos lembremos constantemente de sua
exortação “Aquele, pois, que cuida estar em pé, olhe que não caia”.
Comentários
Postar um comentário