Devocional 07\07\2021 A CAUSA E PROPÓSITO DAS TRAGÉDIAS HUMANAS

 


DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

07\07\2021

TÍTULO

A CAUSA E PROPÓSITO DAS TRAGÉDIAS HUMANAS

TEXTO

Desde a mais remota antiguidade o ser humano procura entender a causa de acontecimentos trágicos por meio de conceitos elaborados a partir de crenças compartilhadas de geração a geração, julgando que determinados povos ou raças são atingidos por fatos catastróficos devido a crenças e atitudes que acabam por trazer sobre eles a ira das forças da natureza ou mesmo a ira de Deus. Também o Senhor Jesus Cristo se deparou com tais fatos, que receberam dele um posicionamento realista quanto ao que lhe questionavam, conforme nos relata o evangelista Lucas E, NAQUELE mesmo tempo, estavam presentes ali alguns que lhe falavam dos galileus, cujo sangue Pilatos misturara com os seus sacrifícios. E, respondendo Jesus, disse-lhes: Cuidais vós que esses galileus foram mais pecadores do que todos os galileus, por terem padecido tais coisas? Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis. Ou aqueles dezoito, sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou, cuidais que foram mais culpados do que todos quantos homens habitam em Jerusalém? Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis” (Lucas 13.1 a 5).

Devemos buscar o entendimento deste texto pela narrativa que o precede, onde encontramos o Senhor Jesus alertando a nação de Israel quanto a necessidade de discernimento diante das circunstâncias que os cercavam, a ponto de Jesus lhes exortar através de uma clara aplicação “Quando vedes a nuvem que vem do ocidente, logo dizeis: Lá vem chuva, e assim sucede. E, quando assopra o sul, dizeis: Haverá calma; e assim sucede. Hipócritas, sabeis discernir a face da terra e do céu; como não sabeis então discernir este tempo?” (Lucas 12.54 a 56). Lucas dá ênfase a esta necessidade ao narrar o diálogo entre Jesus e os judeus que lhe falavam da morte de alguns homens galileus a quem Pilatos mandara matar enquanto ofereciam seus sacrifícios no templo. Imediatamente Jesus expos o pensamento errôneo daqueles homens ao lhes disser “Cuidais vós que esses galileus foram mais pecadores do que todos os galileus, por terem padecido tais coisas? Seguindo o mesmo pensamento, o próprio Jesus lhes propõe outro exemplo, dizendo-lhes “Ou aqueles dezoito, sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou, cuidais que foram mais culpados do que todos quantos homens habitam em Jerusalém?”.

Há uma sutil diferença entre o pensamento daqueles homens e a resposta dada pelo Senhor Jesus. Enquanto o pensamento deles se baseava no fato que tais acontecimentos trágicos sobrevinham exclusivamente a homens pervertidos e merecedores de sofrerem tal pena, o Senhor Jesus aponta para a verdade que a ameaça de um julgamento súbito não está limitada a pessoas a quem consideramos más ou merecedoras de tal punição, mas que um iminente julgamento está prestes a  atingir a todos os seres humanos, como por duas vezes Mestre lhes alerta “Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis”. O que Jesus lhes procura ensinar é que tais tragédias não devem ser encaradas como um julgamento especial de Deus sobre determinados homens, como se apenas eles fossem merecedores de tão severa pena, mas como um aviso a todos os homens a respeito da urgente necessidade de arrependimento, que no caso dos judeus, apontava para a trágica destruição de Jerusalém cerca de quarenta adiante pelo general romano Tito.

As tragédias humanas não são um sinal da desaprovação divina sobre o pecado do ser humano, mas devem servir de aviso a toda humanidade quanto a urgente necessidade de arrependimento e fé em Jesus Cristo, como nos demonstra o apóstolo Pedro “O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se” (2 Pedro 3.9).

 

 


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