Devocional 12\07\2021 O LEGADO DE BALAÃO
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
12\07\2021
TÍTULO
O LEGADO DE BALAÃO
TEXTO
É
conhecido do bom leitor das Escrituras a pessoa e história de Balaão, um
adivinho pagão que vivia em Petor, cidade da Mesopotâmia (Deuteronômio 23.4). O
relato bíblico a respeito de Balaão nos permite perceber que era ele possuidor
de algum conhecimento a respeito de Deus e que também temia o avanço dos
israelitas em sua marcha sobre a terra de Canaã, reconhecendo que nenhum povo
seria capaz de lhes oferecer resistência. É em meio a tais confrontos que a
Bíblia nos relata a história de Balaão, o que faremos bem em examinar pela luz
das Escrituras.
Ao
ver-se ameaçado pelo avanço israelita, Balaque, rei de Moabe, firmou uma
aliança entre os amalequitas a fim de confrontar o povo de Deus, enviando
também mensageiros a Balaão e dizendo-lhe “Vem,
pois, agora, rogo-te, amaldiçoa-me este povo, pois mais poderoso é do que eu;
talvez o poderei ferir e lançar fora da terra; porque eu sei que, a quem tu
abençoares será abençoado, e a quem tu amaldiçoares será amaldiçoado” (Números 22.6). Ciente de que não poderia realizar tal ato
Balaão rejeita acompanhar os mensageiros de Balaque, que tornou a lhe enviar
uma comitiva ainda mais representativa, prometendo-lhe recompensas e honra.
Desta forma Balaão cede ao desejo de Balaque, deixando-o, porém, cônscio de que
falaria apenas aquilo que Deus lhe ordenasse. É durante este trajeto que Balaão
é salvo pelo incomum comportamento de sua jumenta, livrando-o de ser morto por
um anjo do Senhor. Vemos que Deus permitiu que Balaão fosse ao encontro de
Balaque, sob a condição de falar apenas aquilo que lhe fosse permitido. Ao
encontrar Balaque, Balaão ordena que sejam preparados sete altares, e, após
receber de Deus a revelação a respeito de suas palavras, acaba por proferir
palavras de bençãos a nação de Israel, causando a ira de Balaque “Que me
fizeste? Chamei-te para amaldiçoar os meus inimigos, mas eis que
inteiramente os abençoaste” (Números 23.11). Por duas
vezes ainda Balaque procurou que Balaão amaldiçoasse aos israelitas,
mudando-lhe de lugar, porém em ambas as vezes o Senhor lhe ordenou que
abençoasse a Israel, causando grande ira a Balaque, que imediatamente despediu
Balaão sem recompensa-lo, como havia prometido. Balaão foi morto durante os
confrontes, porém, incapaz de amaldiçoar a Israel, usou de sua astúcia a fim de
instruir os amalequitas quanto a maneira pela qual poderiam sobrepujar o povo
de Deus, por meio de incita-los a prática da imoralidade, como descrito no
livro de Números “E
ISRAEL deteve-se em Sitim e o povo começou a
prostituir-se com as filhas dos moabitas. Elas convidaram o povo aos sacrifícios dos seus deuses; e o povo comeu,
e inclinou-se aos seus deuses. Juntando-se, pois, Israel a Baal-Peor, a ira do Senhor se acendeu contra Israel” (Números 25.1 a 3).
Encontramos no Novo Testamento diversas aplicações espirituais quanto ao
legado de Balaão, citado pelo apóstolo Pedro como um comerciante da religião,
ao disser “Os quais, deixando o caminho direito, erraram seguindo o caminho
de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça” (2
Pedro 2.15). Também o Senhor Jesus, ao escrever a igreja em Pérgamo, faz
citação de Balaão revelando sua astúcia que levou ao juízo sobre pessoas
piedosas que sucumbiram à sua estratégia “Mas algumas poucas coisas tenho
contra ti, porque tens lá os que seguem a doutrina de Balaão, o qual ensinava
Balaque a lançar tropeços diante dos filhos de Israel, para que comessem dos
sacrifícios da idolatria, e fornicassem” (Apocalipse 2.14). O legado de
Balaão nos adverte que, mesmo que um homem tenha algum conhecimento e revelação
da pessoa de Deus, a mistura entre suas convicções da verdade com atos pagãos e
de suas intenções nobres com atos vis fatalmente acabará por destruí-lo.
Não mesclemos, pois, as coisas do Senhor com o maligno intento deste
mundo, isto sempre acabará mal.
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