Devocional 15\07\2021 O SALMO 49 E A LOUCURA DOS HOMENS


 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

15\07\2021

TÍTULO

O SALMO 49 E A LOUCURA DOS HOMENS

TEXTO

O bom leitor das Escrituras encontra no Salmo 49 um sermão exortativo cujo tema nos motiva a séria inquirição, razão pela qual o salmista inicia seu discurso chamando todos os homens, sem exceção, a darem ouvidos a sua prédica OUVI isto, vós todos os povos; inclinai os ouvidos, todos os moradores do mundo, tanto baixos como altos, tanto ricos como pobres” (verso 1,2). Sua mensagem de sabedoria procurará conduzir o ser humano ao entendimento dos riscos e perigos da condição humana, decifrando um dos grandes enigmas da vida através de suas palavras, como nos diz “A minha boca falará de sabedoria, e a meditação do meu coração será de entendimento. Inclinarei os meus ouvidos a uma parábola; declararei o meu enigma na harpa” (versos 3,4). Demos, pois, ouvidos a voz do sábio.

O salmista declara o propósito de seu sermão, mostrar ao homem a inutilidade de ganhar o mundo inteiro e perder o único verdadeiro bem que possui, sua alma, dirigindo sua denúncia de forma específica a tais pessoas “Aqueles que confiam na sua fazenda, e se gloriam na multidão das suas riquezas” (verso 6). A razão de sua denúncia é apresentada aos homens, demonstrando que nenhum deles é capaz, por mais riquezas que amealhe, de redimir sua alma nem a de seus irmãos “Nenhum deles de modo algum pode remir a seu irmão, ou dar a Deus o resgate dele (Pois a redenção da sua alma é caríssima, e cessará para sempre)” (verso 7,8). O argumento do salmista demonstra que, por maior que sejam as riquezas de um homem, elas são completamente incapazes de dar-lhes aquilo que desejam, sintetizado pelo sábio na expressão de um desejo, viver para sempre e não ver a morte (verso 9).

A frágil condição humana passa a ser descrita pelo salmista, que nos diz “Porque ele vê que os sábios morrem; perecem igualmente tanto louco como o brutal, e deixam a outros os seus bens” (verso 10). A inutilidade de seus propósitos é demonstrada pelo sábio “O seu pensamento interior é que as suas casas serão perpétuas as suas habitações de geração em geração; dão às suas terras os seus próprios nomes” (verso 11), assim como sua estultícia, “Todavia o homem que está em honra não permanece; antes é como os animais, que perecem” (verso 12). O salmista não os poupa, chamando-lhes de loucos “Este caminho deles é a sua loucura; contudo a sua posteridade aprova as suas palavras” (verso 13), e demonstrando-lhes o fim do qual não escaparão “Como ovelhas são postos na sepultura; a morte se alimentará deles e os retos terão domínio sobre eles na manhã, e a sua formosura se consumirá na sepultura, a habitação deles” (verso 14).

Diferente daqueles que confiam na transitoriedade das riquezas, o salmista ressalta a confiança dos justos em Deus ao dizer “Mas Deus remirá a minha alma do poder da sepultura, pois me receberá” (verso 15), levando-os a perceberam a real condição dos ímpios “Não temas, quando alguém se enriquece, quando a glória da sua casa se engrandece. Irá para a geração de seus pais; eles nunca verão a luz” (versos 16,17,19).

A aplicação final do salmista busca reconhecer o que falta aos homens que depositam sua confiança nas riquezas terrenas, demonstrando que lhes falta o entendimento de sua realidade O homem que está em honra, e não tem entendimento, é semelhante aos animais, que perecem” (verso 20). Que demos ouvidos a tal verdade, de tal forma que a grande verdade propagada por Jesus seja trazida a nossos ouvidos “Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma?” (Mateus 16.26).

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