Devocional 16\07\2021 A INDISSOLÚVIL UNIÃO ENTRE LAR E IGREJA


 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

16\07\2021

TÍTULO

A INDISSOLÚVIL UNIÃO ENTRE LAR E IGREJA

TEXTO

Lar e igreja, família sanguínea e irmãos em Cristo não são grupos antagônicos, são complementares, servindo a fins específicos e necessários ao exercício pleno da vida cristã. Basta lembrar que não somos cristãos apenas na igreja, assim como seremos incapazes de viver a plenitude de uma família cristã se nos desassociarmos da comunhão com a igreja. Ao instruir seus discípulos Jesus os fez cônscios desta verdade ao dizer-lhes “Em verdade vos digo que ninguém há, que tenha deixado casa, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou mulher, ou filhos, ou campos, por amor de mim e do evangelho, que não receba cem vezes tanto, já neste tempo, em casas, e irmãos, e irmãs, e mães, e filhos, e campos, com perseguições; e no século futuro a vida eterna” (Marcos 10.29,30). A fé em Jesus nos leva a uma ampliação de nossos laços afetivos a um limite que extrapola em muito nosso particular círculo familiar, acrescentado a nossos relacionamentos um número incalculável de irmãos na fé que nos une como um só corpo em Cristo.

O reconhecimento desta relação vital entre lar e igreja nos permite que avancemos na compreensão que a fé que pregamos na igreja necessariamente precisa ser praticada no lar, na forma como descrita pelo apóstolo Paulo em relação a Timóteo “Trazendo à memória a fé não fingida que em ti há, à qual habitou primeiro em tua avó Loide, e em tua mãe Eunice, e estou certo de que também habita em ti” (2 Timóteo 1.5). O cristianismo de Timóteo foi transmitido pela igreja, mas foi no exemplo do lar que ele encontrou o encorajamento necessário ao desempenho da vida cristã, unindo mensagem e prática de forma perfeita e complementar. Assim também os preceitos que aprendemos na igreja devem regulamentar o lar, seguindo a orientação que encontramos no livro de Provérbios “Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele” (Provérbios 22.6). A prática da instrução ministrada pela igreja deve refletir na vida de pais que educam seus filhos enquanto andam no caminho, pelo exemplo praticado em sua vida doméstica, de forma que a prática de vida não seja resultado da mera formalidade religiosa, mas de um cristianismo vivo fortalecido na igreja e praticado no lar.

É preciso reconhecer que a dissociação entre lar e igreja é maléfico tanto a família como a igreja, fato reforçado pelo ensino de Jesus ao nos dizer “Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom” (Mateus 6.24). Praticar dois padrões diferentes no lar e na igreja gera confusão e desânimo, favorecendo de forma clara uma prática de vida que fortalece os padrões mundanos de comportamento, tanto no lar como na igreja. É impossível termos uma igreja forte se nos lares o cristianismo é praticado de forma desleixada, assim como uma igreja forte será sempre resultado de um cristianismo puro ensinado do púlpito aliado ao compromisso inalienável de pratica-lo no recôndito do lar. O sucesso da família é também o progresso da igreja, assim como o fortalecimento da igreja se dará na medida que as famílias que a compõem se encontrem firmes em Cristo.

Quando o profeta Elias confrontou a nação de Israel devido a frouxidão de sua conduta ele lhes disse “Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o, e se Baal, segui-o”. Infelizmente a fraqueza espiritual do povo era tamanha que a resposta que o profeta recebeu foi nula “Porém o povo nada lhe respondeu” (1 Reis 18.21). Que não coxeemos entre dois pensamentos e que lar e igreja sejam unidos em um mesmo propósito de servir a Jesus Cristo até que ele venha.

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