Devocional 17\07\2021 A SIMPLICIDADE DEVIDA A CRISTO

DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

17\07\2021

TÍTULO                              

A SIMPLICIDADE DEVIDA A CRISTO

TEXTO        

O bom leitor das Escrituras encontra nas epístolas escritas pelo apóstolo Paulo diversas palavras cujo significado concede aos salvos uma compreensão profunda a respeito do caminho em que devem seguir. Encontramos um precioso exemplo desta verdade ao observarmos o uso por parte de Paulo da palavra simplicidade em sua segunda carta aos coríntios, quando lhes diz “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo” (2 Coríntios 11.3).

Pensemos primeiramente no significado de simplicidade segundo seu uso pelo apóstolo Paulo. Nesta mesma epístola tal palavra pode ter o significado de generosidade, como quando o apóstolo se refere aos cristãos macedônios ao dizer que como a sua profunda pobreza abundou em riquezas da sua generosidade” (2 Coríntios 8.2), também o significado de liberalidade ao referir-se aos cristãos na Acaia que glorificam a Deus pela submissão, que confessais quanto ao evangelho de Cristo, e pela liberalidade de vossos dons para com eles, e para com todos” (2 Coríntios 9.13). Em sua epístola aos efésios Paulo a usa no sentido de sinceridade ao dizer-lhes Vós, servos, obedecei a vossos senhores segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade de vosso coração, como a Cristo” (Efésios 6.5). Em todos estes exemplos usados o apóstolo Paulo aplica a palavra sinceridade como um sinônimo de uma dedicação sincera a Cristo e sua causa, fato que Paulo deseja que seja mantido pelos salvos, o que faremos bem em averiguar.

A fim de fortalecer seu pensamento o apóstolo lança mão do exemplo da astúcia maligna que enganou Eva ainda no Éden. O ataque maligno tem por base o apelo a que Eva responda a seu questionamento a respeito da ordem transmitida por Deus a Adão, diante da qual Eva tropeça ao responder segundo seu próprio entendimento Do fruto das árvores do jardim comeremos, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis para que não morrais” (Gênesis 3.2,3). O erro de Eva encontra-se no fato que ela acrescentou palavras que Deus não havia dito como também enfraqueceu o veredito estabelecido por Deus. Aproveitando-se da fraqueza de Eva a serpente coloca o caráter de Deus em dúvida, acusando-o de mentiroso e injusto, ao propor a Eva “Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se abrirão os vossos olhos, e sereis como Deus, sabendo o bem e o mal” (Gênesis 3.4,5). Ao tentar responder ao tentador tendo por base suas próprias justificativas ao invés da inabalável verdade de Deus, Eva abriu as portas para que Satanás a engana-se e conduzisse ao pecado, fato que Paulo deseja impedir que ocorra com os salvos ao dizer-lhes “Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos...” (2 Coríntios 11.3). Assim como Eva foi incapaz de perceber a estratégia satânica, os salvos em Cristo podem deixar-se levar pelo mesmo caminho, o que somente poderá ser impedido se estes apegarem-se firmemente a uma devoção sincera a seu salvador.

Encontramos uma ilustração prática desta devoção sincera recomendada por Paulo no exemplo proposto pelo próprio Senhor Jesus a seus discípulos ao dizer-lhes “Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo algum entrareis no reino dos céus” (Mateus 18.3). Os salvos devem seguir a Cristo da mesma forma sincera e humilde demonstrada por uma simples criança. Se apartar desta simplicidade é uma forma astuta pela qual o inimigo dos salvos procurará destruí-los, razão pela qual o apóstolo Paulo levanta esta preciosa exortação.

Que os salvos saibam dar ouvidos a esta verdade.

 

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