Devocional 29\07\2021 MOISÉS E UMA IMPORTANTE LIÇÃO SOBRE LIDERANÇA
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
29\07\2021
TÍTULO
MOISÉS E UMA IMPORTANTE LIÇÃO SOBRE
LIDERANÇA
TEXTO
É bem conhecida dos
atentos leitores bíblicos o fato ocorrido com o povo de Israel no deserto de
Zim na localidade conhecida como Cades, quando a escassez de água provocou a
revolta da congregação contra Moisés e Arão. Diante da reação animosa do povo
Moisés buscou ao Senhor, que lhe ordenou “Toma a vara, e
ajunta a congregação, tu e Arão, teu irmão, e falai à rocha, perante os seus
olhos, e dará a sua água; assim lhes tirarás água da rocha, e darás a beber à
congregação e aos seus animais. Então Moisés tomou a vara de diante do Senhor, como lhe tinha ordenado. E Moisés e Arão reuniram a congregação
diante da rocha, e Moisés disse-lhes: Ouvi agora, rebeldes, porventura
tiraremos água desta rocha para vós? Então Moisés levantou a sua mão, e feriu a rocha duas vezes com a sua
vara, e saiu muita água; e bebeu a congregação e os seus animais. E o Senhor disse a Moisés e a Arão: Porquanto não crestes
em mim, para me santificardes diante dos filhos de Israel, por isso não
introduzireis esta congregação na terra que lhes tenho dado” (Números
20.7 a 12). Quão dura pena recaiu sobre Moisés em consequência deste incidente,
razão pela qual faremos bem em examinar estes fatos.
Não
há dúvidas que a causa central da penalidade lançada pelo Senhor sobre seu
servo Moisés reside em sua evidente desobediência a clara ordem de Deus de que
ele deveria falar a rocha a fim de que dela brotasse abundante manancial de
água a fim de saciar a sede do povo. Mas, ao invés de falar a rocha, Moisés
fere a rocha por duas vezes com sua vara, ato que é qualificado como
transgressão no capítulo trinta e dois do livro de Deuteronômio “Porquanto transgredistes contra mim no meio dos filhos de Israel, às
águas de Meribá de Cades, no deserto de Zim; pois não me santificastes no meio
dos filhos de Israel” (Deuteronômio 32.51). Diversos comentaristas do texto
bíblico argumentam que a causa de tão grave consequência lançada sobre Moisés
deve-se ao fato que a rocha a qual ele deveria simplesmente falar é uma
representação da pessoa de Jesus Cristo, que de forma figurada, uma vez ferida
não necessitaria ser ferida novamente. Outros comentaristas entendem a atitude
de Moisés como um resquício das antigas artes mágicas que ele havia visto e
aprendido no Egito, praticadas a semelhança dos magos enfrentados por ele e
Arão quando da libertação do povo. Seja como for, o fato é que esta flagrante
desobediência pesou duramente sobre o grande líder do povo israelita.
Mesmo
que aja grande discordância entre os comentaristas bíblicos a respeito da razão
pela qual Moisés foi impedido de entrar na terra prometida, não devemos olvidar
do fato que, ao agir de forma impaciente diante da murmuração de seu povo,
Moisés acabou por agir da mesma forma que eles, fato visível em suas palavras
antes de ferir a rocha “Ouvi agora, rebeldes,
porventura tiraremos água desta rocha para vós?”. Sua ação intempestiva revela que apesar de
seu grande amadurecimento espiritual e de suas indiscutíveis habilidades de
liderança, Moisés continuava a se identificar em suas atitudes com o povo que
fora também punido por Deus e impedido de adentrar a terra de Canaã. O
contingente formado por todos aqueles menores de vinte anos quando da sedição
no deserto necessitava de um novo líder a conduzi-los na conquista da terra
prometida, e este líder não seria Moisés.
Quão grande alerta esta verdade deve acender no coração daqueles que são
chamados a liderar o povo de Deus neste mundo. Se nem mesmo Moisés era
insubstituível, o que dizer de nós.
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