Devocional 30\07\2021 O CONTRASTE ENTRE O ÍMPIO E O JUSTO


 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

30\07\2021

TÍTULO

O CONTRASTE ENTRE O ÍMPIO E O JUSTO

TEXTO

O bom leitor das Escrituras identifica como cena histórica do Salmo 52 o fato envolvendo o edomita Doegue, descrito no vigésimo primeiro capítulo do primeiro livro do profeta Samuel quando do encontro entre o fugitivo Davi e o sacerdote Aimeleque na cidade de Nobe, quando este forneceu a Davi pão para ele e seus homens assim como a espada com a qual havia matado o gigante Golias. Tal encontro foi testemunhado por Doegue, como descrito por Samuel “Estava, porém, ali naquele dia um dos criados de Saul, detido perante o Senhor, e era seu nome Doegue, edomeu, o mais poderoso dos pastores de Saul” (1 Samuel 21.7). Doegue fez chegar tal fato ao rei Saul, lhe dizendo “Vi o filho de Jessé chegar a Nobe, a Aimeleque, filho de Aitube, o qual consultou por ele ao Senhor, e lhe deu mantimento, e lhe deu também a espada de Golias, o filisteu” (1 Samuel 22.9,10). As consequências deste ato de Doegue foram trágicas, como descrito por Samuel “Então se virou Doegue, o edomeu, e arremeteu contra os sacerdotes, e matou naquele dia oitenta e cinco homens que vestiam éfode de linho. Também a Nobe, cidade destes sacerdotes, passou a fio de espada, desde o homem até à mulher, desde os meninos até aos de peito, e até os bois, jumentos e ovelhas passou a fio de espada” (1 Samuel 22.18,19). A grande contribuição do Salmo 52 reside em sua descrição do caráter e das atitudes de homens do Doegue, de forma que os justos do Senhor estejam precavidos contra seus maus intentos.

Primeiramente, o caráter do homem ímpio é descrito como malicioso POR QUE te glorias na malícia, ó homem poderoso?” (verso 1), e sua constante intenção maligna é ressaltada “A tua língua intenta o mal, como uma navalha amolada, traçando enganos” (verso 2). O salmista revela a afeição do ímpio pelo mal “Tu amas mais o mal do que o bem, a mentira mais do que o falar a retidão. Amas todas as palavras devoradoras, ó língua fraudulenta” (versos 3,4). O salmista não permite que nos olvidemos do fim que espera o homem ímpio, ao nos dizer “Também Deus te destruirá para sempre; arrebatar-te-á e arrancar-te-á da tua habitação, e desarraigar-te-á da terra dos viventes” (verso 5). Deus jamais permitirá que nenhum homem ímpio fuja a lei da semeadura e colheita, de forma que de nada lhe aproveitem sua malícia e fraudulência. O fato de ter ferido seus semelhantes fará com que seja incapaz de evitar também ser ferido. Há ainda uma lição preciosa aos justos, como nos diz o salmista “E os justos o verão, e temerão: e se rirão dele, dizendo: Eis aqui o homem que não pôs em Deus a sua fortaleza, antes confiou na abundância das suas riquezas, se fortaleceu na sua maldade” (versos 6,7).

A lição final do salmo contrasta a condição de desgraça do homem ímpio com a estabilidade prometida aos justos, quando diz “Mas eu sou como a oliveira verde na casa de Deus; confio na misericórdia de Deus para sempre, eternamente. Para sempre te louvarei, porque tu fizeste, e esperarei no teu nome, porque é bom diante de teus santos” (versos 8,9).

Quão importante é que os filhos de Deus reconheçam que, mesmo que em alguns momentos pareça que os ímpios estão em vantagem e que jamais serão julgados, a justiça de Deus finalmente os alcançará. Da mesma forma não deve o justo jamais concluir que suas atitudes de retidão são inúteis e que jamais terão qualquer valor, pois também o Senhor as recompensará. Que tenhamos diante de nossos olhos a conclusão do salmo primeiro, que nos diz “Porque o Senhor conhece o caminho dos justos; porém o caminho dos ímpios perecerá” (Salmo 1.6).

 

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