Devocional 01\08\2021 FÉ E OBRAS

 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

01\08\2021

TÍTULO

FÉ E OBRAS

TEXTO

A epístola de Tiago conduz os salvos em Cristo a uma profunda reflexão a respeito da qualidade da vida cristã que o povo de Deus tem praticado. Escrevendo em um tempo que cobrava dos cristãos um alto preço pela pratica da fidelidade a Jesus, Tiago confronta gerações de cristãos que vieram após ele através de um testemunho de fé e prática como deve ser visto em todos os redimidos pelo sangue do bom salvador ao nos dizer “Meus irmãos, que aproveita se alguém disser que tem fé, e não tiver as obras? Porventura a fé pode salvá-lo?” (Tiago 2.14). A partir deste ponto Tiago passa a exemplificar cinco formas de fé que em nada se assemelham a verdadeira fé salvadora exercida em Jesus Cristo. Que cada um de nós seja capaz de responder com absoluta sinceridade ao questionamento deste servo de Deus.

Primeiramente Tiago nos confronta com o exercício da fé sem compaixão, ao nos dizer “E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento cotidiano, e algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí? Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma” (Tiago 2.15 a 17). A seguir o questionamento de Tiago diz respeito a manifestação de uma fé simplesmente oral “Mas dirá alguém: Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me a tua fé sem as tuas obras, e eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras” (Tiago 2.18). Neste ponto, Tiago também confronta os cristãos com o exercício de uma fé meramente intelectual, nos questionando “Tu crês que há um só Deus; fazes bem. Também os demônios o crêem, e estremecem” (Tiago 2.19). A seguir o argumento de Tiago nos demonstra que a verdadeira fé é testada e aprovada no fogo das provações ao usar o exemplo do patriarca Abraão “Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta? Porventura o nosso pai Abraão não foi justificado pelas obras, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaque? Bem vês que a fé cooperou com as suas obras, e que pelas obras a fé foi aperfeiçoada. E cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus” (Tiago 2.20 a 23). Finalmente, Tiago conclui seu ensino ressaltando a fé convicta manifesta nas obras de Raabe “E de igual modo Raabe, a meretriz, não foi também justificada pelas obras, quando recolheu os emissários, e os despediu por outro caminho?” (Tiago 2.25).

Creio que a compreensão do ensino de Tiago pode ser reforçada por uma simples ilustração. Conta-se a história de um barqueiro que, para manter-se, vivia transportando viajantes através de um lago, em seu barco a remo. Certo passageiro notou que o velho marinheiro talhara em um dos remos a palavra "Fé" e no outro a palavra "Obras". Curioso, perguntou ao barqueiro a razão daquilo, ao que o marinheiro então respondeu: "Eu lhe mostrarei". Deixou de lado um dos remos e manejou o outro com afinco, num sentido só, em círculos. A seguir, trabalhou com o remo "Obras" e o resultado foi o mesmo: círculos em sentido oposto ao primeiro. Feita esta demonstração, tomou então os dois remos, "Fé" e "Obras", e, à medida que os manejava conjuntamente, o barco seguia seu rumo certo, à frente. E então concluiu o barqueiro: "Assim é a vida cristã — de nada vale um sem o outro". Asseveramos que possuímos fé, mas o que estamos fazendo para tornar uma realidade está fé? A fé que salva e as obras que servem são inseparáveis.