Devocional 08\08\2021 A MAIS PROFUNDA MARCA DO AMOR PATERNO
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
01\08\2021
TÍTULO
A
MAIS PROFUNDA MARCA DO AMOR PATERNO
TEXTO
Entre
as tantas marcas características da paternidade que poderíamos ressaltar como
de suma importância para a prática de uma paternidade centrada nas sagradas
Escrituras, possivelmente a citada no centésimo terceiro capítulo do saltério
deva ocupar um lugar de proeminência no coração dos pais que professam confiar
no Deus todo-poderoso, ao nos dizer “Assim como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece daqueles
que o temem” (Salmos 103:13). Compadecer-se significa ter compaixão de
alguém, tratar esta pessoa com tolerância ao ponto de ter a capacidade para
aceitar algo aparentemente inadmissível. Ao tratarmos do valor da compaixão,
poucas narrativas bíblicas apresentarão esta virtude de forma tão elevada que
aquela que encontramos no décimo quinto capítulo do evangelho segundo Lucas,
onde o exemplo de compaixão de um pai para com seu filho excede em muito o que
poderíamos imaginar.
A primeira grande
virtude da compaixão observada no pai do filho pródigo aponta para sua
capacidade de absorver um dos mais duros golpes que um filho pode lançar contra
seu pai, a mais absoluta e fria rejeição. Quando o filho pródigo exigiu sua
parte na herança paterna, deixou a casa de seu pai e foi à terra longínqua, ele
decidiu pela sua independência e autossuficiência em relação a seu pai,
demonstrando seu desprezo e desinteresse pela vida e necessidades de seu pai. Quando o pai o recebe de braços abertos ele
demonstra que nem mesmo a atitude desprezível e injustificável de seu filho foi
capaz de apagar seu amor.
Outro fator que torna
ainda mais perceptível e admirável a compaixão exercida por este pai diz
respeito a sua escala de valores, que permitiu que ele soubesse avaliar a
diferença de valor entre as coisas terrenas e as coisas eternas. Na terra
longínqua o filho viveu de forma dissoluta, desperdiçando os bens que seu pai havia
conquistado com muito esforço, desprezando os anos de vida e esforço de seu
abnegado pai em favor de sua amada família. Quando o pai avista o filho retornando-o
não vemos qualquer questionamento ou preocupação por parte dele quanto ao que
fora feito dos bens recebidos pelo filho, pois seus olhos estavam fixados
apenas na real riqueza que ele possuía e que estava retornando ao lar.
As demonstrações de
íntima compaixão deste pai vão ainda mais longe do que já foi descrito e podem
ser vistas no diálogo entre pai e filho no momento de seu reencontro. Em um
primeiro momento as palavras do filho foram “Pai, dá-me a parte dos bens que me
pertence”, porém agora o pai ouve de seu amado filho “Pai, faz-me como um dos
teus”. Independente das causas ou dos fatos ocorridos o coração daquele pai “se
moveu de íntima compaixão” e recebeu de braços abertos seu filho que “estava
morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado”. Tal fato nos leva a perceber
que aquele desprezado pai em nenhum momento desejou outro fim a seu filho do
que a restauração que agora ambos provavam. Seu amor suportou as piores provas
a fim de finalmente revelar sua compaixão.
A razão pela qual a
compaixão é a mais profunda marca do amor paterno encontra-se no amor sacrificial
que marca a relação de nosso Pai Celestial com seus filhos carnais, que não em
momento algum levou em conta nossa injustificável rebelião contra Ele e seu
amor. Seus braços abertos, prontos a nos acolher, demonstram sua eterna
compaixão para com filhos rebeldes. Aprendemos o que é amor de pai ao
conhecermos o que é o amor de Deus por nós.
Um feliz dia dos pais!
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