Devocional 10\08\2021 O SALMO 54 E A CONFIANÇA NA AJUDA DO SENHOR
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
01\08\2021
TÍTULO
O SALMO 54 E A CONFIANÇA NA AJUDA DO
SENHOR
TEXTO
Em mais uma proveitosa oportunidade
o leitor atento das sagradas Escrituras reencontra no Salmo 54 a mais numerosa
classe de hinos do saltério, os chamados salmos de lamentação, onde o salmista
clama ao Senhor diante de uma ameaça interna ou externa, causada pela
enfermidade ou fome, e que carece de uma urgente intervenção por parte do Deus
todo poderoso. Faremos bem em dar ouvidos a esta verdade.
Por mais que se repitam
nos salmos de lamentação as mais diversas condições desesperadoras em meio as
quais o salmista clama ao Senhor como seu último e único refúgio, a grande
lição que esta classe de hinos procura incutir no coração dos fiéis é que
clamar ao Senhor em busca de socorro sempre será a atitude primeira a ser
tomada pelos filhos de Deus, como ocorre no início deste salmo “SALVA-ME, ó Deus” (verso 1). Força humana alguma teve o poder de
livrar o salmista de seus inimigos, como descritos no verso 3 “Porque os
estranhos se levantam contra mim, e tiranos procuram a minha vida; não têm
posto Deus perante os seus olhos”. Historicamente este salmo tem sido
ligado aos fatos ocorridos quando da fuga de Davi de diante de Saul, quando por
duas vezes os zifeus revelaram seu esconderijo ao rei (1 Samuel 23.19 e 26.1). Se
por um lado Davi enfrentava a tirania de Saul, por outro a traição pelos
habitantes de Zife, na região montanhosa de Judá, coloca a vida de Davi em perigo.
Ao clamar pelo nome e justiça do Senhor o pastor de Israel recorre ao caráter e
poder de Deus em favor de sua justa causa. O segundo verso deste salmo pode ser
entendido como uma oração em meio ao desespero, elevada ao Senhor por uma alma
já fraca e prestes a desfalecer, que mediante as últimas forças que lhe restam
clama “Ó Deus, ouve a minha
oração, inclina os teus ouvidos às palavras da minha boca” (verso 2). Mesmo em meio a uma difícil
situação, Davi sabe que Deus não o abandonará jamais.
A seguir, o salmista revela a razão de sua confiança no Senhor ao dizer “Eis
que Deus é o meu ajudador” (verso 4). O que o salmista
literalmente quer nos dizer é que o próprio Senhor é a resposta a suas orações.
Sua dependência no poder de Deus é manifesta em sua humilde confissão “o
Senhor está com aqueles que sustêm a minha alma” (verso
4). Consciente de suas fraquezas e das muitas ameaças que se levantam contra
sua vida, o salmista é cônscio de que somente Deus é suficiente para
sustenta-lo em meio a tantas tribulações, recompensando aos homens ímpios
segundo o merecimento de suas ações, como declara o salmista “Ele
recompensará com o mal os meus inimigos” (verso 5). Ao dizer que
Deus “Destrói-os na tua
verdade” (verso 5), o salmista
revela ter plena consciência que a condenação dos ímpios se dá mediante o justo
julgamento de Deus, que antes lhes concede tempo hábil a fim de que se
arrependam de suas ações e se voltem a Ele. Como prova de seu reconhecimento ao
grande livramento operado pelo Senhor, o salmista oferecerá sacrifícios de ação
de graças, transformando este livramento em um hino de louvor entoado no templo
“Eu te oferecerei voluntariamente sacrifícios; louvarei o teu nome, ó Senhor, porque é bom, pois me tem livrado de toda a angústia;
e os meus olhos viram o meu desejo sobre os meus inimigos” (versos 6,7)
A grande lição deste
salmo encontra-se no fato que ao proclamar o louvor e adoração a Deus por seu grandioso
livramento, o salmista ainda enfrentava estes inimigos, porém, em plena
convicção que a vitória seria do Senhor, ilustrando assim o ensino que
encontramos na epístola aos hebreus, que nos diz “ORA, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem” (Hebreus 11.1).
Assim é a confiança do salvos em seu Deus ajudador.
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