Devocional 11\08\2021 O LEGADO DE ACÃ
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
11\08\2021
TÍTULO
O LEGADO DE ACÃ
TEXTO
O leitor atento das
sagradas Escrituras se recordará dos acontecimentos que envolveram a Acã, filho
de Carmi, da tribo de Judá, narrados no sétimo capítulo do livro de Josué. Em
hebraico o nome Acã significa “perturbador”, sendo também traduzido como Acar
em 1 Crônicas 2.7, como nos é relatado “E os
filhos de Carmi foram Acar, o perturbador de Israel, que pecou
no anátema”.
Faremos bem em relembrar os acontecimentos relativos a este personagem.
Uma das maiores vitórias obtidas pela nação de Israel na tomada da terra
de Canaã foi a conquista da cidade murada de Jericó, onde os espias foram
auxiliados por Raabe, a quem prometeram preservar com vida a todos que
estivessem refugiados em sua casa no momento da tomada daquela cidade. Por
ordem de Josué toda a cidade deveria ser queimada e todos seus habitantes
mortos, à exceção de Raabe e sua família. Porém, todo o metal valioso deveria
ser dedicado ao Senhor, o que foi rigidamente cumprido, a exceção daquilo que
Acã tomou para si, escondendo-o em sua tenda, como narrado no livro de Josué
nas palavras do próprio Acã “Quando vi entre os despojos uma boa capa
babilônica, e duzentos siclos de prata, e uma cunha de ouro, do peso de
cinquenta siclos, cobicei-os e tomei-os; e eis que estão escondidos
na terra, no meio da minha tenda, e a prata por baixo dela” (Josué 7.21). A
consequência da desobediência de Acã somente foi percebida quando os israelitas
passaram ao ataque da pequena cidade de Ai, para o qual Josué enviou um pequeno
contingente de três mil homens, que não foram capazes de conquistar a cidade, sendo
feridos trinta e seis deles e causando grande esmorecimento a toda nação.
Prontamente Josué indagou ao Senhor quanto a razão desta derrota, ao que o
Senhor lhe respondeu “Israel pecou, e transgrediram a minha aliança que lhes
tinha ordenado, e tomaram do anátema, e furtaram, e mentiram, e debaixo da sua
bagagem o puseram” (Josué 7.11). O Senhor determinou que fosse lançado
sortes a fim de apontar o culpado, sendo a responsabilidade atribuída a tribo
de Judá, a família de Carmi e, finalmente, sobre Acã, que não pode negar sua
culpa. A pena atribuída a Acã e sua família foi então anunciada por Josué “Por
que nos perturbaste? O Senhor te
perturbará neste dia. E todo o Israel o apedrejou; e os queimaram a fogo depois
de apedrejá-los” (Josué 7.25).
Não há como não nos impressionarmos com o trágico fim de Acã e sua
família. Muitos se tem questionado a razão pela qual os filhos e filhas de Acã
acabaram também condenados pelo pecado do pai, ao que apenas podemos
conjecturar que de alguma forma eles foram também participantes de sua trágica
desobediência, sendo como ajudantes na tomada dos bens, seja por terem se
silenciado ao saberem da atitude do pai. A confissão de Acã é reveladora quanto
a razão de sua atitude, registrado em suas próprias palavras “Quando vi
entre os despojos uma boa capa babilônica, e duzentos siclos de prata, e uma
cunha de ouro, do peso de cinquenta siclos, cobicei-os e tomei-os; e eis
que estão escondidos na terra, no meio da minha tenda, e a
prata por baixo dela” (Josué 7.21). Não há outro texto bíblico mais
elucidativo quanto a este caso do que a instrução registrada por Tiago em sua
epístola, quando nos exorta “Mas cada um é tentado, quando atraído
e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido,
dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte” (Tiago 1.14,15). Foi exatamente isto que se
deu com Acã e sua família.
O legado de Acã pertence a todos aqueles que se deixam escravizar por
seus próprios desejos.
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