Devocional 30\08\2021 O SALMO 58 E O JUÍZO DE DEUS SOBRE A IMPIEDADE DOS HOMENS
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
30\08\2021
TÍTULO
O SALMO 58 E O JUÍZO DE DEUS SOBRE A
IMPIEDADE DOS HOMENS
TEXTO
O leitor atento das
sagradas Escrituras encontra no Salmo cinquenta e oito uma dura imprecação
contra a impiedade dos homens, utilizando-se de uma linguajem violenta, porém
realista diante do que o pecado tem promovido em meio a humanidade. Em um
período onde o erro parece ter se entronizado como senhor deste mundo, o
protesto do salmista contra a tirania humana deve ser ouvida com cuidado e
atenção.
O Salmo inicia com a
denúncia dos decretos injustos promulgados pelos homens revestidos de
autoridade, ao dizer “ACASO falais
vós, deveras, ó congregação, a justiça?” (verso 1), acusando-os também de violar as
boas leis por meio de seus julgamentos injustos “Julgais retamente, ó filhos dos homens?” (verso 1). A linguajem usada pelo salmista nos
dá a entender sua revolta contra as autoridades que se calam diante das
injustiças cometidas pelos homens ímpios, por isso o verso dois levanta um
protesto contra a admissão de tal injustiça em meio a sociedade, dizendo “Antes
no coração forjais iniquidades; sobre a terra pesais a violência das vossas
mãos” (verso 2). A constatação do salmista diante de tão grave condição o
leva a reconhecer que a impiedade dos homens vem desde seu nascimento, sendo
inerente a própria raça humana e comum a todos os homens, como nos diz “Alienam-se
os ímpios desde a madre; andam errados desde que nasceram, falando mentiras” (verso
3). O salmista assemelha o homem a uma serpente venenosa, incapaz de seguir o
direcionar do encantador, revelando sua completa desesperança quanto a condição
dos homens “O seu veneno é semelhante ao veneno da
serpente; são como a víbora surda, que tapa
os ouvidos. Para não ouvir a voz dos encantadores, do encantador sábio em
encantamentos” (versos 4,5).
A segunda parte do salmo nos apresenta oito metáforas da forma como o
salmista espera que Deus destrua os homens ímpios, começando por desejar que
isso seja feito de forma violenta “Ó Deus, quebra-lhes os dentes nas suas bocas” (verso 6). Ele também deseja que Deus lhes
tire seu poder, dizendo “arranca, Senhor, os queixais aos filhos dos leões”
(verso 6). O salmista prevê a destruição dos
ímpios como um gelo que se derrete “Escorram como águas que correm constantemente” (verso 7), e como uma flecha inutilizada “Quando ele armar as suas flechas, fiquem feitas em pedaços” (verso 7). Sua imaginação o leva a
imagina-los se desfazendo como uma lesma atingida pelo sal “Como a lesma se derrete, assim se vá cada um
deles” (verso 8), tendo o fim
prematuro de um feto abortivo “como o aborto de uma mulher, que nunca viu o sol” (verso 8). Acostumado aos hábitos orientais, o
salmista os compara aos espinhos que vagarosamente são consumidos pelo fogo “Antes que as vossas panelas sintam o calor dos espinhos”
(verso 9), ou destruídos subitamente como que
por um turbilhão “como por um redemoinho os arrebatará ele, vivo e em
indignação” (verso 9). Fiel a noção veterotestamentária do
juízo sobre a impiedade, o salmista revela sua satisfação por saber da
destruição dos homens ímpios, dizendo “O justo se alegrará
quando vir a vingança” (verso 10).
Sua linguajem denota um certo espírito vingativo ao dizer “lavará os seus
pés no sangue do ímpio” (verso 10). Finalmente, o salmista reconhece que este juízo pertence unicamente
ao Senhor, como forma de retribuição a impiedade dos homens, dizendo “Então dirá o homem: Deveras há uma recompensa para o
justo; deveras há um Deus que julga na terra” (verso 11).
Por mais dura que nos pareça ser a imprecação do salmista, um olhar
realista sobre a condição humana nos permitirá reconhecer a verdade de sua
posição, pois assim como descreve o salmo, assim é o ser humano sem Deus, como
bem nos ensina o apóstolo Paulo “E não conheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus
olhos” (Romanos 3.17,18).
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