Sermão O MODELO DE COMO OS SALVOS DEVEM OFERTAR A DEUS

 

TEMA

VIDA CRISTÃ; CONTRIBUIÇÃO

TÍTULO

O MODELO DE COMO OS SALVOS DEVEM OFERTAR A DEUS

TEXTO

Lucas 21.1 a 4

1. E, OLHANDO ele, viu os ricos lançarem as suas ofertas na arca do tesouro;

2. E viu também uma pobre viúva lançar ali duas pequenas moedas;

3. E disse: Em verdade vos digo que lançou mais do que todos, esta pobre viúva;

4. Porque todos aqueles deitaram para as ofertas de Deus do que lhes sobeja; mas esta, da sua pobreza, deitou todo o sustento que tinha.

INTRODUÇÃO

Ao tratarmos desta questão duas verdades encontradas neste texto devem estar fixadas em nossa mente.

1.      O salvo deve estar ciente do fato que Jesus observa atentamente o que ocorre em meio a sua igreja

Veja como marcos descreve a mesma cena

Marcos 12.41

E, estando Jesus assentado defronte da arca do tesouro, observava a maneira como a multidão lançava o dinheiro na arca do tesouro

Este é um dos raros momentos em que contemplamos Jesus assentado, observando a prática de seu povo.

O fato que ele observa sal igreja é ressaltado na visão de João em Apocalipse

Apocalipse 1.12,13

E, virando-me, vi sete castiçais de ouro;

E no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro.

Mais adiante os sete castiçais são identificados com as sete igrejas, revelando-nos que Jesus andava entre estas igrejas e conhecia de forma detalhada tudo o que ocorria nelas.

Ou seja, nosso Senhor acompanha e sabe de cada um de nossos atos, e isto nos deve conduzir a sobriedade e responsabilidade em nossa vida cristã.

2.      Aquilo que ocorre em relação ao ofertar em muitas igrejas ditas evangélicas não deve servir de tropeço aos salvos em relação a esta prática

O texto que lemos no evangelho de Marcos nos diz que Jesus estava assentado defronte ao lugar onde se dedicavam as ofertas no templo.

Nesse lugar os judeus colocaram 13 urnas em forma de trombeta, destinadas a recolher as ofertas destinadas aos mais diferentes fins, desde fins religiosos, manutenção do templo, manutenção das escolas rabínicas, fins sociais, etc.

Quando o ofertante chegava a este lugar ele precisava declarar a finalidade e o valor de sua oferta. Desta forma as pessoas que estavam próximas, e naquele dia Jesus estava ali, podiam sabe qual o valor da oferta de cada um.

As pessoas abastadas se utilizavam deste expediente a fim de serem reconhecidas enquanto declaravam e depositavam suas ofertas publicamente.

Isto deve ter causado certo embaraço aquela viúva, pois teria que declarar aqueles homens o pequeno valor de sua oferta.

Infelizmente as mesas questões se repetem em nossos dias em muitas igrejas ditas evangélicas.

Isto não deve servir de pedra de tropeço aos salvos que consagram a Deus suas ofertas.

TRANSIÇÃO

Entendamos, pois, como o exemplo desta pobre viúva serve de instrução e encorajamento aos salvos em Cristo quanto a sua adoração por meio do ofertar.

I)                  A ORIGEM DO QUE OFERTAMOS A DEUS

É interessante observarmos que nada nos é dito a respeito da fonte de renda daqueles homens ricos, não há como sabermos se esta fonte era honesta ou não.

Lucas 21.1

viu os ricos lançarem as suas ofertas na arca do tesouro

Porém em relação aquela mulher Marcos nos diz

Marcos 12.42

Vindo, porém, uma pobre viúva

A palavra usada por Marcos aqui, pobre, tem o sentido de alguém que trabalha para sobreviver. Ela não era uma pessoa que mendigava seu sustento, aquela mulher trabalhava possivelmente em alguma função simples e muito mal remunerada.

Ø  A OFERTA DOS FILHOS DE DEUS REPRESENTA O INVESTIMENTO DE SUAS PRÓPRIAS VIDAS

O valor financeiro doado pelos filhos de Deus é resultado de gastarem sua vida, seu tempo, suas forças em obtê-lo, consagrando-o então ao Senhor.

Os salvos ofertam a Deus de seu próprio suor.

ILUSTRAÇÃO

No capítulo 24 de 2 Samuel encontramos a narrativa do pecado de Davi em realizar o censo demográfico de Israel sem que o Senhor lhe tenha ordenado.

Como consequência deste pecado Deus envia três dias de peste sobre a nação.

Em sua misericórdia Deus a peste foi suspensa antes de atingir Jerusalém.

Isto ocorreu no limite de terra de um homem chamado Araúna.

O profeta Gade instruiu Davi a levantar um altar naquele lugar.

Quando Davi ali chegou e revelou seu propósito a Araúna este lhe disse

2 Samuel 24.22

Então disse Araúna a Davi: Tome, e ofereça o rei meu senhor o que bem parecer aos seus olhos; eis aí bois para o holocausto, e os trilhos, e o aparelho dos bois para a lenha.

A resposta de Davi nos revela um princípio espiritual a ser aplicado em nossos ofertar

2 Samuel 24.24

Porém o rei disse a Araúna: Não, mas por preço justo to comprarei, porque não oferecerei ao Senhor meu Deus holocaustos que não me custem nada. Assim Davi comprou a eira e os bois por cinquenta siclos de prata.

APLICAÇÃO

O que chamou a atenção de Jesus quanto a oferta daquela pobre mulher?

O custo pessoal de sua oferta.

Devemos entender o porque muitos de nós se sentem desmotivados com o trabalho, mesmo que seu trabalho lhe renda um bom retorno financeiro. A razão é que trabalham para si mesmos e não para o Senhor que os salvou.

Colossenses 3.23,24

E tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o coração, como ao Senhor, e não aos homens,

Sabendo que recebereis do Senhor o galardão da herança, porque a Cristo, o Senhor, servis.

O trabalho do salvo deve ser realizado para Cristo.

II)               A NATUREZA DO QUE OFERTAMOS A DEUS

Novamente nos voltamos a descrição da cena vista por Jesus.

Ø  Lucas nos informa algo importante em relação as ofertas consagradas por aqueles homens ricos

Lucas 21.4

Porque todos aqueles deitaram para as ofertas de Deus do que lhes sobeja;

Sobejava significa sobrava, excedia a sua necessidade.

A valor ofertado por eles não possuía um objetivo específico que lhes fosse necessário.

Ø  Porém em relação a viúva é dito

Lucas 21.4

mas esta, da sua pobreza, deitou todo o sustento que tinha.

Aquela mulher ofertou tudo o que possuía, e que provavelmente lhe serviria para adquirir sua próxima refeição

Ø  Devemos entender o quanto isso revela a respeito destas pessoas

Toda esta questão envolve aquilo que a Bíblia chama de contentamento, ou seja, uma condição de plena satisfação com o que se possui, independente da qualidade e da quantidade.

A oferta daqueles homens ricos não era resultado de contentamento, mas sim das facilidades de sua condição.

A oferta da viúva era repleta de contentamento, mesmo nada possuindo.

Veja o que Paulo nos instrui a respeito desta importante característica que deve permear nosso ofertar

1 Timóteo 6.7,8

Porque nada trouxemos para este mundo, manifesto é que nada podemos levar dele.

Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.

APLICAÇÃO

Os salvos ofertam daquilo que lhes seria útil em outras questões, e não daquilo que lhes sobeja.

Eles assim o fazem porque estão contentes com a forma como Deus lhes tem tratado.

III)            A DISPOSIÇÃO DAQUILO QUE RETEMOS

Há uma questão implícita neste texto, ou seja, algo que em relação aos homens ricos que ali ofertam não nos é diretamente revelado.

Ø  Nada nos é dito a respeito daquilo que eles mantiveram em seu poder.

Sabemos que eles ofertaram aquilo que lhes excedia.

Mas referencia nenhuma é feita aquilo que mantinham para si.

Como eles se comportavam a respeito destes valores.

Ø  A respeito da viúva nos é dito que nada ele reteve

Uma vez que ela deu tudo o que possuía, nada ficou em suas mãos.

Ø  A QUEM PERTENCE AQUILO QUE RETEMOS EM NOSSAS MÃOS?

Uma importante lição nos é trazida no caso de Ananias e Safira

Atos 5.1 a 4

1. MAS um certo homem chamado Ananias, com Safira, sua mulher, vendeu uma propriedade,

2. E reteve parte do preço, sabendo-também sua mulher; e, levando uma parte, a depositou aos pés dos apóstolos.

3. Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade?

4. Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.

Notemos algumas questões

ü  O problema de Ananias dizia respeito não ao que ele havia ofertado, mas ao que ele reteve

E reteve parte do preço, sabendo-também sua mulher; e, levando uma parte, a depositou aos pés dos apóstolos.

ü  Satanás o tentou por aquilo que Ananias reteve e não daquilo que ele ofertou

3. Disse então Pedro: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo, e retivesses parte do preço da herdade?

ü  Ananias errou ao tratar de forma pecaminosa aquilo em que possuía total liberdade de ação

4. Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder?

ü  O problema de Ananias foi sua desonestidade em seus negócios com Deus

4. Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas a Deus.

APLICAÇÃO

Há duas qualidades que devem ser inerentes a nosso ofertar

Mateus 6.2 a 4

ü  Ofertar é uma atitude voluntária entre o salvo e seu Deus

2. Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já têm o seu galardão.

3. Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita;

ü  A contabilidade do ofertar dos salvos deve ser feita unicamente por Deus

4. Para que a tua esmola seja dada em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, ele mesmo te recompensará publicamente.

CONCLUSÃO

Encontramos um ensino precioso no Salmo 37 quanto as promessas de Deus para com seus filhos.

ü  Vemos no verso 5 a atitude da viúva pobre

5. Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o fará.

ü  No verso 16 o julgamento de Jesus sobre o ofertar daquelas pessoas

16. Vale mais o pouco que tem o justo, do que as riquezas de muitos ímpios.

ü  Encontramos em diversos versos deste salmo a razão da confiança daquela mulher

18. Senhor conhece os dias dos retos, e a sua herança permanecerá para sempre.

19. Não serão envergonhados nos dias maus, e nos dias de fome se fartarão.

25. Fui moço, e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua semente a mendigar o pão.

28. Porque o Senhor ama o juízo e não desampara os seus santos; eles são preservados para sempre; mas a semente dos ímpios será desarraigada.

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