Devocional 05\09\2021 O SALMO 59 E O DEUS QUE VEM AO MEU ENCONTRO


 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

05\09\2021

TÍTULO

O SALMO 59 E O DEUS QUE VEM AO MEU ENCONTRO

TEXTO

Os atentos leitores das sagradas Escrituras encontram no Salmo 59 um poderoso alento aqueles que passam pela fornalha ardente das provações. Reconhecemos no autor deste Salmo um homem experimentado nas perseguições e ameaças promovidas pelos homens ímpios contra os servos de Deus, de forma que faremos bem em examinar suas palavras.

Fiel a sua prática de permanecer na dependência do Senhor quando ameaçado por seus inimigos, o salmista clama LIVRA-ME, meu Deus, dos meus inimigos, defende-me daqueles que se levantam contra mim. Livra-me dos que praticam a iniquidade, e salva-me dos homens sanguinários” (versos 1,2). O salmista proclama também sua inocência diante dos ataques lançados sobre ele, relatando a Deus sua condição “Pois eis que põem ciladas à minha alma; os fortes se ajuntam contra mim, não por transgressão minha ou por pecado meu, ó Senhor. Eles correm, e se preparam, sem culpa minha; desperta para me ajudares, e olha” (versos 3,4). Ao ressaltar a deslealdade de seus inimigos o salmista revela a forma como eles procuram amedronta-lo “Voltam à tarde; dão ganidos como cães, e rodeiam a cidade. Eis que eles dão gritos com as suas bocas; espadas estão nos seus lábios, porque, dizem eles: Quem ouve?” (versos 5,6). Ao compara-los a cães raivosos o salmista pretende destacar o ódio incontido de seus perseguidores, que se comportam como se ninguém percebesse suas reais intenções malignas e destrutivas.

Diante de tal circunstância o salmista reconhece que a força de seus inimigos nada pode contra o poder daquele que o sustém “Mas tu, Senhor, te rirás deles; zombarás de todos os gentios. Por causa da sua força eu te aguardarei; pois Deus é a minha alta defesa” (verso 8,9). É em meio as ameaças e demonstrações de ódio de seus inimigos que o salmista proclama sua dependência do socorro sempre presente do Senhor ao declarar O Deus da minha misericórdia virá ao meu encontro” (verso 10). Se seus inimigos estavam confiados no cerco que haviam levantado contra ele, o salmista confiava no Deus capaz de romper este cerco e desbaratar aqueles que o oprimiam. Sua confiança é tamanha que ele pede ao Senhor “Não os mates, para que o meu povo não se esqueça; espalha-os pelo teu poder, e abate-os, ó Senhor, nosso escudo. Pelo pecado da sua boca e pelas palavras dos seus lábios, fiquem presos na sua soberba, e pelas maldições e pelas mentiras que falam. Consome-os na tua indignação, consome-os, para que não existam” (versos 11 a 13). O desejo final do salmista é claro “... e para que saibam que Deus reina em Jacó até aos fins da terra” (verso 13). Ele deseja que tanto seus inimigos como aqueles que contemplaram toda esta campanha pela sua destruição saibam que seu livramento foi obra exclusiva do Deus todo poderoso e rendam ao Senhor toda glória.

As palavras finais do salmista revelam a paz provada em meio as ferozes ameaças lançadas contra ele “Eu, porém, cantarei a tua força; pela manhã louvarei com alegria a tua misericórdia; porquanto tu foste o meu alto refúgio, e proteção no dia da minha angústia” (verso 16). A figura usada pelo salmista é emblemática, pois relembra a fúria de seus inimigos ao uivarem contra ele na escuridão da noite, enquanto ele calmamente aguardava o romper da alva. Mesmo que as ameaças ainda não tenham sido completamente vencidas, o salmista abertamente proclama sua segurança e paz no Deus que vem ao seu encontro “A ti, ó fortaleza minha, cantarei salmos; porque Deus é a minha defesa e o Deus da minha misericórdia” (verso 17).

Que os salvos descansem na promessa do Salvador que vem ao seu encontro “E de todos sereis odiados por causa do meu nome. Mas não perecerá um único cabelo da vossa cabeça” (Lucas 21.17,18).

 

 

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