Devocional 08\09\2021 O LEGADO DE FEBE
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
08\09\2021
TÍTULO
O LEGADO DE FEBE
TEXTO
Os atentos leitores das
sagradas Escrituras encontram no décimo sexto capítulo da epístola de Paulo aos
salvos em Roma uma recomendação a respeito de uma mulher, Febe, que faremos bem
em nos atentar “Recomendo-vos, pois, Febe, nossa irmã,
à qual é serva na igreja que está em Cencreia, para que a recebais no Senhor, como
convém aos santos, e a ajudeis em qualquer coisa que de vós necessitar; porque
tem hospedado a muitos, como também a mim mesmo” (Romanos 16.1,2).
Iniciemos pelo fato que as cartas de recomendação eram extremamente
necessárias naquele período, tanto para que os salvos a serviço do Senhor recebessem
apoio em suas jornadas, quanto para proteger as igrejas de charlatões que se
multiplicavam naquele tempo. Ao citar Febe em primeiro lugar em sua lista de
recomendações a igreja em Roma, o apóstolo Paulo permitia a ela o acesso a
comunhão e proteção daqueles irmãos, recomendando que “a recebais no Senhor,
como convém aos santos, e a ajudeis em qualquer coisa que de vós necessitar”.
A citação a Febe nesta epístola revela também
o lugar de importância da mulher na primitiva igreja cristã, sendo assim
descrita por Paulo “à qual é serva na igreja que está em Cencreia”. Há aqui
um importante dado quanto a Febe, ela era uma cristã que servia a igreja de
Cristo localizada em Cencreia, um porto localizado a cerca de quinze
quilômetros de Corinto, uma cidade conhecida pela idolatria reinante ali. O próprio
nome de Febe, que significa radiante ou brilhante, era um título do deus grego
Apolo. Porém, aprouve a Deus que Febe fosse conhecida não pelo brilho de um
falso deus, mas por seu amoroso e dedicado serviço ao único e verdadeiro Deus.
A recomendação apostólica em relação a Febe é reforçada ao dizer “porque
tem hospedado a muitos, como também a mim mesmo”. A citação que Febe
hospedava muitos cristãos, inclusive o apóstolo Paulo nos dá o sentido do
serviço prestado por Febe a igreja. Paulo aqui usa a palavra patronesse, que se
referia a alguém de elevada classe econômica que se dispunha a proteger
estrangeiros debaixo de sua autoridade. Possivelmente isto signifique que Febe
era uma mulher de posses que usava sua riqueza a fim de apoiar a igreja e o
ministério de Paulo. Mesmo que poucos detalhes tenham sido acrescidos a
respeito de Febe, esta descrição usada pelo apóstolo nos permite perceber que o
caráter de Febe era o de alguém que usava suas riquezas não apenas para seu
deleite e conforto, mas também para sustentar e socorrer irmãos em Cristo, literalmente
colocando sua casa e bens a serviço da igreja. Em um tempo marcado pela violência
e miséria, os servos de Cristo encontravam em Febe um porto seguro enquanto
desempenhavam seu ministério.
Ao observarmos a recomendação de Paulo a igreja em Roma, notamos que ele
os instrui a recebe-la “no Senhor, como convém aos santos, e a ajudeis em
qualquer coisa que de vós necessitar”. Febe deveria ser recebida pelos
romanos como um membro da família de Deus, de forma que fosse assistida em
todas as suas necessidades. Aquela que tanto se esforçara para dar o melhor
possível aos servos de Cristo que por ela passassem, agora recebia o mesmo
tratamento. Febe havia encarado com seriedade seu ministério, demonstrando uma
fraternidade e hospitalidade que deveria ser copiada por todos os cristãos. Seu
apoio a obra do Senhor e a seus obreiros não foi esquecida, de forma que, quase
dois mil anos após estes acontecimentos, Febe continua sendo lembrada como um
exemplo de serviço cristão.
O legado de Febe pertence a todos aqueles que servem a seu Salvador
servindo a sua igreja.
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