Devocional 09\09\2021 OS PRIMEIROS DISCÍPULOS DE JESUS
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
09\09\2021
TÍTULO
OS PRIMEIROS DISCÍPULOS DE JESUS
TEXTO
Quão
desejável e produtivo é que os atentos e constantes leitores das sagradas
Escrituras se entreguem ao exame de toda Bíblia, diversificando sua leitura diária
com porções diversas da revelação de Deus, concedendo, porém, primazia a
leitura dos evangelhos a fim de que suas mentes sejam alimentadas e fixadas na
pessoa de Jesus. Há detalhes descritos nos evangelhos aos quais muitos leitores
nunca se atentam, desperdiçando assim o precioso alimento que tanto bem faria a
sua alma, como veremos a seguir.
Ao
nos atentarmos para a narrativa empreendida pelo apóstolo João no primeiro
capítulo de seu evangelho, encontramos o Mestre em seus primeiros movimentos a
fim de estabelecer seu ministério, logo após seu batismo. A narrativa de João
revela a forma como foram reunidos os primeiros discípulos de Jesus, iniciando
por André e João, frutos da convicta afirmação de João Batista “E, vendo passar a Jesus, disse: Eis aqui o Cordeiro de
Deus. E os dois discípulos ouviram-no dizer isto, e seguiram a Jesus” (João 1.36,37). Estas poucas palavras de João Batista forma
suficientes para despertar aqueles dois homens ao discipulado, uma vez que
centralizavam a pessoa de Cristo em sua função e origem. O texto de João nos
permite saber que o número de discípulos de Jesus imediatamente voltou a
crescer, desta vez através da atitude de André, que não tardou em anunciar a
Cristo a seu irmão “Era André, irmão de Simão Pedro, um
dos dois que ouviram aquilo de João, e o haviam seguido. Este achou primeiro a seu irmão Simão,
e disse-lhe: Achamos o Messias (que, traduzido, é o Cristo). E levou-o a Jesus” (João 1.40 a 42). É interessante que a marcante
história entre Jesus e Pedro tenha iniciado de forma tão simples, mediante o
testemunho de seu próprio irmão, que no diz anterior havia ido a casa onde
Jesus morava e ali ficado na companhia do Mestre.
A narrativa de João demonstra que este processo de amealhar discípulos
continuou de forma imediata, desta vez pelo comissionamento de Filipe, como
descreve João “No dia seguinte quis Jesus ir à Galileia, e achou a Filipe, e
disse-lhe: Segue-me. E Filipe era de Betsaida, cidade de André e de Pedro” (João 1.43,44). Não sabemos se a presença de André
e Pedro de alguma forma influenciou a Filipe, uma vez que eram da mesma cidade,
porém devemos reconhecer que, ao avistar pessoas conhecidas acompanhando Jesus,
Filipe foi atraído a também acompanhar aquele que pessoalmente lhe chamava. A
narrativa de João nos permite perceber o impacto que o chamado de Jesus teve sobre
Filipe, a ponto de ele imediatamente compartilhar este fato com Natanael “Filipe achou Natanael, e disse-lhe: Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na lei, e os profetas:
Jesus de Nazaré, filho de José” (João 1.45). João revela que a reação inicial de Natanael foi de certa
incredulidade, o que não impediu Filipe de convence-lo a acompanha-lo e confirmar
com seus próprios olhos esta verdade “Disse-lhe Natanael: Pode vir alguma coisa boa de Nazaré? Disse-lhe Filipe: Vem, e vê” (João
1.46). Note que em momento algum Filipe usa de argumentos ou debates em relação a barreira
levantada por Natanael, ele simplesmente o conduz a contemplar Jesus com seus próprios
olhos, diante de quem ele exclama “Rabi, tu és o Filho de Deus; tu és o Rei
de Israel” (João 1.49).
Os primeiros discípulos de Jesus foram amealhados em meio a vida
cotidiana, pelo simples compartilhar do anúncio de sua presença por meio de
homens simples, porém verdadeiramente impactados por sua pessoa. O que este
fato nos permite perceber é que além de nossa própria disposição, pouco precisamos
se realmente desejamos anunciar a Jesus aqueles que estão ao nosso redor, sejam
eles familiares, amigos ou desconhecidos. Na realidade a única verdade que nos
basta é possuirmos a mesma convicção de João Batista ao anunciar “Eis
aqui o Cordeiro de Deus”.
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