Devocional 14\09\2021 A HISTÓRIA DOS REIS DE ISRAEL: JEROBOÃO
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
14\09\2021
TÍTULO
A HISTÓRIA DOS REIS DE ISRAEL: JEROBOÃO
TEXTO
É
desejável ao atento leitor das sagradas Escrituras o conhecimento das diversas
épocas que envolvem o desenvolvimento do povo de Deus, esforçando-se por ir
além dos relatos conhecidos e adentrando ao conhecimento de porções das
Escrituras muitas vezes negligenciadas em seu estudo bíblico. Possivelmente a
história dos reis que reinaram após a divisão do reino em Israel seja um dos
períodos que menos interesse desperta entre os leitores bíblicos, período ao
qual faremos bem em examinar.
Encontramos
ao final do reinado de Salomão a figura de Jeroboão, filho de Nebate, efrateu
(1 Reis 11.26), elevado pelo próprio rei a um cargo de confiança em seu reino “E o homem Jeroboão era forte e valente; e
vendo Salomão a este jovem, que era laborioso, ele o pôs sobre todo o cargo da
casa de José” (1 Reis 11.28). Tendo o
Senhor já determinado o fim do reinado de Salomão e a divisão de seu reino,
enviou o profeta Aías a anunciar a Jeroboão seu intento (1 Reis 11.29 a 39), o
que levou Salomão a se levantar contra ele “Assim Salomão procurou matar
Jeroboão; porém Jeroboão se levantou, e fugiu para o Egito, a ter com Sisaque,
rei do Egito; e esteve no Egito até que Salomão morreu” (1 Reis 11.40).
Quando Roboão assumiu o trono em lugar de seu pai, Jeroboão esteva entre
aqueles que o buscaram dizendo “Teu pai agravou o nosso jugo; agora, pois,
alivia tu a dura servidão de teu pai, e o pesado jugo que nos impôs, e nós te
serviremos” (1 Reis 12.3). A má resposta de Roboão ao povo fez com que eles
se rebelassem, dividindo o reino e instituindo Jeroboão como seu novo rei “E
sucedeu que, ouvindo todo o Israel que Jeroboão tinha voltado, enviaram, e o
chamaram para a congregação, e o fizeram rei sobre todo o Israel; e ninguém
seguiu a casa de Davi senão somente a tribo de Judá” (1 Reis 12.20).
Um dos primeiros atos de Jeroboão foi ampliar o abismo entre os dois
reinos, estabelecendo uma capital rival, Siquém (1 Reis 12.25). Preocupado com
a peregrinação anual de seu povo ao templo em Jerusalém, Jeroboão fundou
santuários em Betel e Dã (1 Reis 12.29), onde estabeleceu a adoração a imagens
de dois bezerros de ouro (1 Reis 12.28), como também instituiu sacerdotes que
não pertenciam a tribo de Levi (1 Reis 12.31), festas religiosas que se
assemelhavam as determinadas na lei (1 Reis 12.32) e um altar a semelhança do
encontrado em Jerusalém (1 Reis 12.33). A fim de demonstrar sua insatisfação,
Deus enviou a Jeroboão um homem que clamou contra todas suas atitudes, o qual
profetizou que um rei de nome Josias destruiria aquele altar (1 Reis 13.2), e
para confirmar sua palavra fez com o altar se fendesse, derramando as cinzas
nele contidas (1 Reis 13.5). Após estes fatos, o filho de Jeroboão adoeceu,
fazendo com que ele enviasse sua própria mulher ao profeta Aías, que, vendo-a
entrar, profetizou a ela não somente a morte de seu filho, como também a ruína
do reinado de Jeroboão “Portanto, eis que trarei mal sobre a casa de
Jeroboão; destruirei de Jeroboão todo o homem até ao menino, tanto o escravo
como o livre em Israel; e lançarei fora os descendentes da casa de Jeroboão,
como se lança fora o esterco, até que de todo se acabe” (1 Reis 14.10). E
assim, após 22 anos (931 a 910 a.C.), chegou ao fim um dos piores reinados
presenciados pelas dez tribos do norte em Israel. Jeroboão será sempre lembrado
por seu mau legado, aplicado a todos os maus reis que vieram após ele e assim
descrito nas Escrituras “E fez o que
era mau aos olhos do Senhor;
e andou no caminho de Jeroboão, e no pecado com que ele tinha feito Israel
pecar” (1
Reis 15.34).
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