Devocional 22\09\2021 O SALMO 62 E O CHAMADO A CONFIARMOS NO SENHOR
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
22\09\2021
TÍTULO
O SALMO 62 E O CHAMADO A CONFIARMOS NO
SENHOR
TEXTO
O atento leitor das
sagradas Escrituras encontra no Salmo 62 um tom de confiança e encorajamento
muito úteis aqueles que procuram lançar sua confiança sobre o todo-poderoso
Deus. Diferente dos salmos de lamentação, os salmos de confiança exprimem a
esperança na capacidade de Deus em ajudar seu povo, reconhecendo os recursos
ilimitados possuídos por Deus e sua disposição em socorrer os aflitos.
Examinemos, pois, esta preciosa verdade.
Primeiramente, não
imaginemos que o salmista se encontrava completamente livre daqueles que
desejavam seu mal. Os versos três e quatro nos revelam que em momento algum os
ímpios lhe concediam um momento sequer de paz, como nos diz “Até quando maquinareis o mal contra um homem? Sereis
mortos todos vós, sereis como uma parede encurvada e uma
sebe prestes a cair. Eles somente consultam como o hão de derrubar da sua
excelência; deleitam-se em mentiras; com a boca bendizem, mas nas suas entranhas
maldizem” (versos 3,4). Seus
inimigos estavam o difamando através de mentiras, procurando manchar sua
reputação, mostrando-se amigáveis enquanto procuravam seu mal. Quão necessário
é que os salvos entendam que a confiança no Senhor é exercida em meio a
oposição do mal contra os filhos de Deus.
É importante também que reconheçamos as razões pelas quais o salmista se
mostrava confiante no Senhor. No primeiro verso ele nos diz que “dele vem a
minha salvação” (verso 1). A expressão “Só ele é a minha
rocha” é repetida nos versos 2 e 6, enquanto que no verso 7 nos diz “a
rocha da minha fortaleza” demonstrando que sua confiança no Senhor era
baseada no reconhecimento de que Deus não pode ser abalado pelas forças do mal.
Encontramos também no verso 2 o salmista a dizer que Deus “é a
minha defesa” e no verso 5 “porque dele vem a minha
esperança”. Sua confiança no poder do Senhor é revelada em seu
reconhecimento “que o poder pertence a Deus” (verso
11), como também que “A ti também, Senhor, pertence a misericórdia”
(verso 11). A confiança do salmista não era algo abstrato ou irreal, mas
baseava-se nas verdades que ele reconhecia como pertencentes a Deus.
A seguir, encontramos o salmista a elencar as certezas colhidas de seu
conhecimento e confiança no Senhor, como quando nos diz no verso 2 que “não
serei grandemente abalado”, reconhecendo que por mais que os homens ímpios
possam sacudi-lo com seus ataques, Deus jamais permitirá que ele seja derrubado,
como volta a reconhecer no verso 6 ao dizer “Só ele é a
minha rocha e a minha salvação... não serei abalado”. Esta confiança no
Senhor leva o salmista a proclamar as pessoas a seu redor que também depositem
sua confiança nEle, ao dizer “Confiai nele, ó povo, em todos os tempos;
derramai perante ele o vosso coração. Deus é o nosso refúgio” (verso
8).
Finalmente, o salmista contrasta a confiança no Senhor com tantas outras
questões nas quais os homens tem depositado sua fé, iniciando pelos homens
semelhantes a eles, que demonstram serem tão inconstantes quanto todos os
outros, como nos revela no verso 9 ao dizer “Certamente que os homens de
classe baixa são vaidade, e os homens de ordem elevada são
mentira; pesados em balanças, eles juntos são mais leves do
que a vaidade”. Da mesma forma, o salmista denuncia a confiança dos ímpios
na extorsão praticada contra os humildes, no furto contra os fracos, e nas
riquezas obtidas de modo desonesto, dizendo “Não confieis na opressão, nem vos ensoberbeçais na
rapina; se as vossas riquezas aumentam, não ponhais nelas o
coração” (verso 10).
O salmista encerra seu discurso revelando aos salvos a razão porque não
devem lançar mão das mesmas estratégias praticadas pelos ímpios a fim de os
vencerem, alertando-nos para o fim de todos os homens ao dizer “pois retribuirás a cada um segundo a sua obra” (verso 12). Confiar no Senhor será sempre a
única e melhor opção.
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