Devocional 03\10\2021 HÁ ALGO MAIOR QUE A RESILIÊNCIA


 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

03\10\2021

TÍTULO

HÁ ALGO MAIOR QUE A RESILIÊNCIA

TEXTO

Há uma expressão que tem se tornado popular em tempos difíceis como estes, sendo repetida quase como um mantra a fim de que profissionais de todas as áreas a apliquem em suas funções, falamos da qualidade conhecida como resiliência, termo emprestado da física, ao se referir a propriedade que alguns corpos apresentam de retornar a forma original após serem submetidos a forte pressão. Já em sentido figurado a qualidade da resiliência se refere a capacidade humana de se recobrar facilmente ou se adaptar a má sorte ou às mudanças. Esta expressão também é aplicada a reação positiva que uma pessoa pode apresentar diante de adversidades, ou a resistência diante dos problemas. Ao observarmos as Escrituras não encontramos nenhum ensino a respeito de algo como resiliência cristã ou resiliência espiritual, ao invés disto somos levados a reconhecer o valor da intercessão de Cristo em favor dos salvos, razão pela qual são capacitados a suportar grandes pressões por amor ao evangelho.

Possivelmente nenhum outro cristão mostrou-se tão capaz de resistir as pressões internas e externas como o apóstolo Paulo, tendo enfrentado toda forma possível de aflições a fim de que o evangelho se torna-se conhecido. Encontramos no capítulo 11 de 2 Coríntios uma pequena amostra de tudo o que Paulo enfrentou a fim de que o evangelho fosse conhecido, ao dizer lhes “São ministros de Cristo? Eu ainda mais: em trabalhos, muito mais; em açoites, mais do que eles; em prisões, muito mais; em perigo de morte, muitas vezes. Recebi dos judeus cinco quarentenas de açoites menos um. Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo; em viagens muitas vezes, em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos; em trabalhos e fadiga, em vigílias muitas vezes, em fome e sede, em jejum muitas vezes, em frio e nudez” (2 Coríntios 11.23 a 27). Além de todas estas questões que lhe aconteceram, ao escrever esta epístola Paulo enfrentava seu derradeiro período de encarceramento em Roma, descrito em sua segunda carta a Timóteo, quando revela o que estava lhe acontecendo no cárcere “Porque Demas me desamparou, amando o presente século...Só Lucas está comigo... Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos males...Ninguém me assistiu na minha primeira defesa, antes todos me desampararam...” (2 Timóteo 4.10,11,14,16). Esta complexa condição é completada pela certeza do apóstolo que em breve sua jornada terrena chegaria ao fim pelas mãos de um carrasco romano, como ele descreve a Timóteo “Porque eu já estou sendo oferecido por aspersão de sacrifício, e o tempo da minha partida está próximo” (2 Timóteo 4.6). Paulo não somente resistiu a tudo isso, como foi capaz de usar todas estas difíceis experiências como uma ferramenta de encorajamento a igreja primitiva, como ele mesmo descreve aos filipenses “E quero, irmãos, que saibais que as coisas que me aconteceram contribuíram para maior proveito do evangelho” (Filipenses 1.12).

Há algo maior do que a resiliência que os mestres da auto ajuda procuram incutir em seus discípulos, não sendo necessariamente algo, mas alguém, como nos é descrito por Paulo “Não digo isto como por necessidade, porque  aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece” (Filipenses 4.11 a 13).

A intercessão de Cristo pelos salvos é a causa e razão de sua capacidade de suportar os mais duros testes.

 

 

 

 

 

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