Devocional 23\10\2021 NÃO AGRAVE SUAS AFLIÇÕES
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
23\10\2021
TÍTULO
A SABEDORIA DE NÃO AGRAVAR AS AFLIÇÕES
QUE ENFRENTAMOS
TEXTO
O
atento leitor das sagradas Escrituras encontra na epístola do apóstolo Paulo
aos filipenses uma preciosa instrução quanto a atitude esperada dos salvos em
meio a suas crises de aflições, como bem o apóstolo revelou no princípio de sua
epístola “E quero, irmãos, que saibais que as coisas que
me aconteceram contribuíram para maior proveito do evangelho” (Filipenses 1.12). Em todo o tempo em
que permaneceu aprisionado Paulo demonstrou profunda seriedade a fim de que
suas aflições não servissem de tropeço aos cristãos de seu tempo, servindo
antes de encorajamento e motivação a fim de que a obra de Cristo avançasse. Ao
analisarmos toda a lista de aflições apresentadas pelo apóstolo no capítulo 11
de 2 Coríntios, vemos que após listar todas as desventuras sofridas, Paulo
destaca um item em especial “Além das coisas exteriores, me oprime
cada dia o cuidado de todas as igrejas” (2 Coríntios 11.28).
É
desta questão que o apóstolo trata logo no início de sua carta aos filipenses,
reconhecendo que, durante seu período de encarceramento, a igreja em Filipos
sofria os males causados por homens que não compartilhavam da mesma atitude de
Paulo, como nos diz “Verdade é que também alguns pregam a Cristo por
inveja e contenda, mas outros de boa vontade; Uns, na verdade, anunciam a
Cristo por contenção, não puramente, julgando acrescentar aflição às minhas
prisões. Mas outros, por amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho” (Filipenses 1.15 a 17). Haviam pessoas em Filipos
que estavam anunciando o evangelho, durante a ausência de Paulo, de uma forma a
se equipararem ao apóstolo. A razão do ministério daqueles homens era seu
desejo de suplantar Paulo em uma disputa a respeito da pregação do evangelho, a
fim de tornar a aflição a que Paulo já estava sujeito a algo ainda maior penoso
e difícil. Certamente uma das formas deles causarem este fato era ressaltar que
enquanto eles estavam livres para pregar, Paulo estava encarceirado, tratando
como justas e merecidas as aflições de Paulo por causa do evangelho. Paulo
reconhece que nem todos ali agiam desta forma, por isso diz “Mas outros, por
amor, sabendo que fui posto para defesa do evangelho” (Filipenses 1.17).
A
atitude de Paulo para com aqueles que procuravam lucrar em meio as suas
aflições nos permite perceber como ele impediu que uma situação difícil se
torna-se ainda pior. Sua resposta firme deu fim a qualquer celeuma “Mas que importa? Contanto
que Cristo seja anunciado de toda a maneira, ou com fingimento ou em verdade,
nisto me regozijo, e me regozijarei ainda” (Filipenses 1.18). Ao agir desta
forma Paulo demonstrou que não encarava a oposição daqueles maus obreiros como
uma afronta pessoal, separando os problemas enfrentados pela igreja das
aflições causadas por seu aprisionamento. A resposta de Paulo foi um balde de
água fria sobre os ânimos acirrados de seus oponentes, causando o
enfraquecimento de seus maus intentos. Ao demonstrar seu regozijo pela pregação
do evangelho em Filipos, Paulo demonstrou qual era sua real prioridade, mantendo
Cristo e a pregação do evangelho como o centro da vida daquelas pessoas.
Finalmente, Paulo negou-se a colocar-se como juiz das intenções daqueles
homens, mesmo que a intenção deles fosse reprovável, não cabia a ele julga-los
ou condena-los.
Literalmente,
Paulo nos ensina neste texto a lição de como não deixar que as coisas ruins se
tornem ainda piores. Um dos grandes desafios em meio as aflições que
enfrentamos é não agir de forma a tornar situações que já estão sendo difíceis
de suportar em situações insuportáveis de se suportar. Que aprendamos com o
apóstolo a não irmos além de nossa própria responsabilidade ou autoridade.
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