Devocional 29\10\2021 O SALMO 68 E O CORTEJO QUE TRAZ A ARCA DO SENHOR


 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

29\10\2021

TÍTULO

O SALMO 68 E O CORTEJO QUE TRAZ A ARCA DO SENHOR

TEXTO

Os atentos leitores das sagradas Escrituras encontram no Salmo 68 um hino que não pode ser classificado entre as demais espécies de salmos encontrados no saltério, formando por si só uma classe única entre os hinos de adoração. Encontramos nele um tom messiânico, reforçado pelo seu uso por parte do apóstolo Paulo ao referir-se a Cristo em sua epístola aos efésios. Porém, o tom maior deste hino relacionasse a arca da aliança e suas jornadas acompanhando o povo de Deus deste o monte Sinai, durante suas peregrinações no deserto, até assentar-se em Jerusalém no reinado de Davi. A arca da aliança representava o próprio andar de Deus em meio a seu povo, o que nos permite perceber lições preciosas a nossa vida espiritual através deste contexto trabalhado pelo salmista.

O cortejo de condução da arca é iniciado pela citação das mesmas palavras proferidas por Moisés quando a arca partiu do monte Sinai “Levante-se Deus, e sejam dissipados os seus inimigos; fugirão de diante dele os que o odeiam” (verso 1). O salmista recorda-se deste fato descrevendo-o “A terra abalava-se, e os céus destilavam perante a face de Deus; até o próprio Sinai foi comovido na presença de Deus, do Deus de Israel (verso 8) A visão da arca sagrada em movimento sugere os períodos quando o Senhor se levanta e age, significando para seus inimigos destruição e dispersão, mas para os justos, alegria e regozijo. Este contraste fica ainda mais exposto ao reconhecer a atitude de Deus para com os justos como “Pai de órfãos e juiz de viúvas é Deus... faz que o solitário viva em família; liberta aqueles que estão presos em grilhões” (versos 5,6) e para com os ímpios “mas os rebeldes habitam em terra seca” (verso 6).

O salmista também recorda a chegada do povo a Canaã após suas muitas jornadas, ao dizer “Tu, ó Deus, mandaste a chuva em abundância, confortaste a tua herança, quando estava cansada” (verso 9), assim como a conquista da terra pelo povo de Deus “Reis de exércitos fugiram à pressa; e aquela que ficava em casa repartia os despojos” (verso 12). Da mesma forma a conquista de Jerusalém é recordada, revelando a cidade como escolhida de Deus “Este é o monte que Deus desejou para a sua habitação, e o Senhor habitará nele eternamente” (verso 16). Tais memórias provocam no salmista manifestações de louvor a Deus “Bendito seja o Senhor, que de dia em dia nos carrega de benefícios; o Deus que é a nossa salvação” (verso 19).

Pouco tempo depois de capturar Jerusalém o rei Davi organizou um grupo para trazer a arca da aliança a cidade, o que é relembrado pelo salmista ao dizer “Os cantores iam adiante, os tocadores de instrumentos atrás; entre eles as donzelas tocando adufes” (verso 25). Conforme a arca entra no tabernáculo o povo de Deus eleva suas orações e canções, convidando todos os habitantes da terra a louvarem ao Senhor “Reinos da terra, cantai a Deus, cantai louvores ao Senhor” (verso 32).  Suas palavras transmitem o sentido da grandeza e magnificência de Deus “Àquele que vai montado sobre os céus dos céus, que existiam desde a antiguidade; eis que envia a sua voz, dá um brado veemente” (verso 33), assim como o reconhecimento de seu poder Atribuí a Deus fortaleza; a sua excelência está sobre Israel e a sua fortaleza nas mais altas nuvens” (verso 34).

A contemplação de tão magnífico cortejo não poderia se encerrar de outra forma senão glorificando e exaltando a este grandioso Deus, ao dizer “Ó Deus, tu és tremendo... Bendito seja Deus!” (verso 35).




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