Devocional 30\10\2021 O LEGADO DE RUFO
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
30\10\2021
TÍTULO
O LEGADO DE RUFO
TEXTO
O
atento leitor das sagradas Escrituras encontra entre as saudações do apóstolo
Paulo aos salvos em Roma uma especial menção a um homem de nome Rufo, a quem
Paulo se dirige de forma elogiosa, demonstrando possuir com ele uma grande
proximidade, pois cita também a mãe de Rufo, igualmente de forma especial, ao
dizer “Saudai a Rufo, eleito no
Senhor, e a sua mãe e minha” (Romanos 16.13). Os estudiosos da
história bíblica, e em especial da igreja primitiva levantam diversos rumores a
respeito deste personagem, o que faremos bem em examinar, assim como a razão
das elogiosas palavras dirigidas pelo apóstolo a ele.
A
tradição cristã corrobora a possibilidade deste homem de nome Rufo ser a mesma
pessoa citada pelo evangelista Marcos em seu evangelho ao narrar um fato que se
deu quando da crucificação de Jesus “E constrangeram um certo Simão, cireneu, pai de Alexandre e de Rufo, que por ali passava, vindo do
campo, a que levasse a cruz” (Marcos 15.21). Embora não possamos afirmar com
certeza que o Rufo de Marcos 15.21 seja o mesmo Rufo de Romanos 16.13, devemos
reconhecer que também não há provas em contrária a este pensamento. É bom
relembrarmos que o evangelho de Marcos foi escrito tendo em vista os povos
gentios e os romanos em particular, de forma que Marcos não encontra
necessidade de esclarecer quem são as pessoas citadas como filhos de Simão, o
cireneu, referindo-se a elas como pessoas provavelmente conhecidas dos salvos
em Roma, o que concorda com os escritos de Paulo, saudando a um Rufo que
igualmente era morador da cidade de Roma. Podemos também conjecturar que ao
citar Rufo mas não referir-se a seu pai Simão e a seu irmão Alexandre, Paulo
não o fizesse porque possivelmente Simão já houvesse morrido e Alexandre talvez
não residisse em Roma, ou mesmo também já houvesse morrido.
Já
a saudação dirigida por Paulo a Rufo em sua epístola aos romanos constitui-se
em uma das mais belas declarações que um colaborador poderia receber do
apóstolo aos gentios, ao dizer “Saudai
a Rufo, eleito no Senhor” (Romanos 16.13). Mesmo que o conceito
doutrinário da eleição seja mencionado muitas outras vezes nos escritos do
apóstolo Paulo, não é este o sentido da palavra eleito usada em Romanos 16.13.
Paulo usou esta mesma palavra para referir-se de forma honrosa a outros
colaboradores como Epêneto, Amplíato e Apeles, referindo-se a todos eles como
cristãos em eminência, destacados em meio a suas comunidades, seja por seu
serviço, seja por seu caráter. Desta forma Paulo estava distinguindo Rufo como
um crente em Cristo. Uma menção no mínimo curiosa em meio a esta nota elogiosa
a Rufo é a forma carinhosa e singela que Paulo se refere a mãe de Rufo ao dizer
“Saudai a Rufo... e a sua mãe e
minha” (Romanos 16.13). Estas palavras sugerem uma forte afeição de
Paulo pela família de Rufo, referindo-se a esta senhora, provavelmente idosa e
viúva nesta época, como uma mulher que se portou como uma mãe também para ele.
Não há como saber em que época da vida de Paulo estas questões se deram, porém
reconhecemos que, como em outras oportunidades, encontramos mulheres servindo
ao apóstolo de forma abnegada e amorosa, o que acabou também por glorificar ao
Senhor e por ornar seu evangelho através destas vidas.
O
legado de Rufo pertence aos salvos em Cristo que se destacam em seu
comportamento e caráter cristãos. Não por acaso Paulo denominou a Rufo como um crente
destacado, mas como um testemunho da importância de tais pessoas em meio a
igreja de Cristo.
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