Devocional 03\11\2021 O SALMO 69 E A FUTURA GLÓRIA DE SIÃO
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
03\11\2021
TÍTULO
O SALMO 69 E A FUTURA GLÓRIA DE SIÃO
TEXTO
O atento leitor das
sagradas Escrituras encontra no Salmo 69 um hino de lamentação e confiança
construído em torno de um paralelo entre a própria vida e aflições do salmista
com a história de seu povo, Israel, de forma que suas experiências são
aplicadas como uma metáfora do que ocorreu com o povo de Deus, mais
precisamente no período do cativeiro babilônico e do retorno dos remanescentes
sob a liderança de Esdras e Neemias. Reflitamos, pois, nesta profunda
experiência espiritual.
Em seu paralelo entre si
mesmo e sua nação, o salmista demonstra que ambos chegaram muito perto da
definitiva destruição “... as águas entraram até à minha alma. Atolei-me em profundo lamaçal,
onde se não pode estar em pé; entrei na
profundeza das águas, onde a corrente me leva” (versos 1,2). Tanto ele como a nação esperaram
por longo tempo pela ajuda do Senhor “Estou cansado de clamar; a minha garganta se secou; os meus olhos
desfalecem esperando o meu Deus” (verso 3). Seus inimigos eram muitos e o odiavam sem razão “Aqueles que me odeiam sem causa são mais do que os cabelos da minha
cabeça... sendo injustamente meus inimigos” (verso 4). Tanto o salmista quanto a nação
eram afligidos por sua ligação com o Senhor “Porque por amor de ti tenho suportado afrontas” (verso 7). Tais aflições trouxeram profundas
dores sobre a alma do salmista “Pois o zelo da tua casa me devorou... e castiguei com
jejum a minha alma” (versos 9,10), como também escárnio de seus inimigos “Aqueles que se assentam à porta falam contra mim; e fui o cântico dos
bebedores de bebida forte” (verso 12).
Em meio a tantas dificuldades o salmista levanta a Deus sua petição “Eu, porém, faço a minha oração a ti, Senhor, num tempo
aceitável” (verso 13).
Ele apela que o Senhor o tire do lamaçal (verso 14), do poço profundo onde foi
colocado (verso 15). Seu desejo é que o Senhor olhe para ele imediatamente e
o resgate “Ouve-me, Senhor...
Olha para mim segundo a tua muitíssima piedade... ouve-me depressa... Aproxima-te da
minha alma, e resgata-a” (versos 16,17,18).
O sofrimento do salmista e de sua nação eram bem conhecidos pelo Senhor
“Bem tens conhecido a minha afronta... diante de ti estão todos
os meus adversários” (verso 19). Seus inimigos procuraram
envenena-lo “Deram-me fel por mantimento, e na minha sede me deram a beber
vinagre” (verso 21), por isso ele roga ao Senhor que lhes julgue “Escureçam-se-lhes
os seus olhos... Derrama sobre eles a tua indignação... Fique desolado o seu
palácio; e não haja quem habite nas suas tendas... Acrescenta iniquidade à iniquidade
deles, e não entrem na tua justiça... Sejam riscados do livro dos vivos” (versos 23 a 28). Afligido e maltratado por seus inimigos, tanto o
salmista como sua nação necessitam do socorro do Senhor “Eu, porém, sou pobre
e estou triste; ponha-me a tua salvação, ó Deus, num alto retiro” (verso
29). Sua confiança em Deus o leva a louva-lo com um cântico de gratidão “Louvarei
o nome de Deus com um cântico, e engrandecê-lo-ei com ação de
graças” (verso 30), o que será agradável ao Senhor (verso 30). Muitos serão
abençoados ao contemplarem a benção do Senhor sobre ele “Os mansos
verão isto, e se agradarão” (verso 32), de forma que toda
a criação lhe renderá louvor “Louvem-no os céus e a terra, os mares e tudo
quanto neles se move” (verso 34).
O salmo se encerra com a certeza que Deus socorrerá seu povo “Porque
Deus salvará a Sião, e edificará as cidades de Judá; para que habitem ali e a
possuam” (verso 35), e que o Senhor os trará novamente a sua possessão “E
herdá-la-á a semente de seus servos, e os que amam o seu nome habitarão nela” (verso
36).
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