Devocional 09\11\2021 O SALMO 70 E O SENHOR QUE NOS SUSTÉM


 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

09\11\2021

TÍTULO

O SALMO 70 E O SENHOR QUE NOS SUSTÉM

TEXTO

O atento leitor das sagradas Escrituras encontra no Salmo 70 um escrito pertencente a classe dos chamados salmos de lamentação, que se constitui na mais numerosa classe de salmos no saltério. Tais salmos tipicamente iniciam com um forte apelo a ajuda divina, passando então a descrever a sorte de inimigos que atacam e ameaçam a vida do servo de Deus, sejam eles invasores estrangeiros ou mesmo homens hostis entre as fileiras de seu próprio povo, além de enfermidades físicas e perturbações da alma, que podem vir a atingir o salmista. A maior parte dos salmos de lamentação se encerra com uma nota de louvor e agradecimento ao Senhor pelo socorro prestado, uma vez que a oração do salmista foi ouvida e sua vida preservada. Porém, devemos reconhecer que alguns destes salmos se encerram em uma nota de desespero, o que não significa que o Senhor tenha falhado, mas que sua boa vontade inclui que seus filhos continuem a confiar nEle mesmo que os problemas que enfrentam pareçam não ter solução. O Salmo 70 consiste em apenas 5 versos semelhantes aos que encontramos no Salmo 40, versos 13 a 17, e em ambos encontramos o salmista precisando ser livrado de uma circunstância adversa, uma vez que homens ímpios o perseguiam e ameaçavam de morte. Meditemos, pois, com atenção neste pequeno e valoroso hino do saltério.

O clamor inicial do salmista não nos permite reconhecer a natureza do perigo mortal que ameaçava sua vida, porém o pedido para que Deus se apressasse em socorre-lo permite que saibamos tratar-se de uma condição grave APRESSA-TE, ó Deus, em me livrar; Senhor, apressa-te em ajudar-me” (verso 1). Esta ameaça podia ser fruto da ação de tribos invasoras que cercavam seu povo, ou mesmo de compatriotas hebreus que haviam se rebelado, que pouco se importavam com a vida humana, não hesitando em matar seus oponentes. O pedido do salmista é que aqueles que procuram tirar-lhe a vida saiam envergonhados do campo de batalha “Fiquem envergonhados e confundidos os que procuram a minha alma; voltem para trás e confundam-se os que me desejam mal” (verso 2). A derrota de um exército tornava-se uma mancha vergonhosa por gerações, o que também era atribuído a seus deuses, que os acompanhavam em suas batalhas. Nenhuma visão é mais desoladora do que um exército derrotado e em fuga diante de seu inimigo, razão pela qual o salmista pede ao Senhor que isto se de com seus inimigos “Virem as costas como recompensa da sua vergonha os que dizem: Ah! Ah!” (verso 3). A expressão “Ah, Ah” citada pelo salmista era uma forma de zombaria diante da certeza da vitória contra um inimigo ao qual desprezavam a força, demonstrando que os inimigos do salmista não reconheciam que houvesse algo que o pudesse livra-lo de suas mãos. Tal ato de desprezo e zombaria por parte de seus inimigos encontra sua derrota na firme convicção do salmista no poder do Senhor Folguem e alegrem-se em ti todos os que te buscam; e aqueles que amam a tua salvação digam continuamente: Engrandecido seja Deus” (verso 4). Se seus inimigos eram incapazes de perceber o poder do Senhor que lhe protegia e sustentava, o salmista se alegrava no Deus de sua salvação.

Finalmente, o salmo se encerra com uma oração humilde e confiante, revelando a humildade do salmista diante da grandiosidade de Deus “Eu, porém, estou aflito e necessitado; apressa-te por mim, ó Deus. Tu és o meu auxílio e o meu libertador; Senhor, não te detenhas” (verso 5). Neste apelo final ele sua dois nomes pelos quais se refere a seu protetor, Ele é o Deus eterno e o Senhor poderoso.

Que assim os filhos de Deus se recordem de seu Pai em meio as suas tribulações.

 

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