DEVOCIONAL 20\11\2021 PECADOS QUE AMEAÇAM A HARMONIA ENTRE OS SALVOS .


 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

20\11\2021

TÍTULO

PECADOS QUE AMEAÇAM A HARMONIA ENTRE OS SALVOS

TEXTO

Os atentos leitores das sagradas Escrituras encontram na epístola de Paulo aos filipenses a sincera atenção do apóstolo quanto as questões que potencialmente podem servir de pedra de tropeço a comunhão dos salvos em Cristo, sejam elas de origem externa a igreja, seja aquelas que se originam entre os próprios cristãos, razão pela qual Paulo exorta firmemente aos cristãos filipenses ao dizer-lhes “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo. Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros” (Filipenses 2.3,4). Faremos bem, pois, em refletir a respeito desta questão.

Em sua exortação aos filipenses Paulo aponta três atitudes pecaminosas que são a causa do tropeço de um grande número de cristãos e igrejas na milenar história do cristianismo. A primeira destas pedras de tropeço é a contenda, a intenção egoísta que não possui qualquer intenção de servir ao próximo, visando unicamente o lucro e poder que possa angariar. Esta palavra também é traduzida como partidarismo ou espírito litigioso, apontando para as ambições egoístas que dividem a igreja em grupos opostos, cultuando personalidades e transformando-se em um sério empecilho ao progresso do evangelho, como bem descreve Tiago em sua epístola “Mas, se tendes amarga inveja, e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica. Porque onde há inveja e espírito faccioso aí há perturbação e toda a obra perversa” (Tiago 3.14,16).

A segunda palavra usada pelo apóstolo Paulo ao descrever tais atitudes pecaminosas é a palavra vanglória, inicialmente usada a fim de descrever a loucura da adoração idólatra e aqui no sentido da mesma loucura, somente que em direção as vãs pretensões que um ser humana alimenta em sua vaidade pessoal. Esta expressão também é entendida no sentido daquele que possui uma alta opinião a respeito de si mesmo, de modo a exaltar-se e gloriar-se em seus vãos pensamentos e ações. Ao usar esta mesma expressão em sua epístola aos gálatas, Paulo procurou demonstrar aqueles cristãos a inutilidade de tal comportamento ao dizer “Porque em Jesus Cristo nem a circuncisão nem a incircuncisão tem valor algum; mas sim a fé que opera pelo amor” (Gálatas 5.6). Finalmente, a terceira atitude pecaminosa denunciada pelo apóstolo, possuindo o poder de destruir a preciosa comunhão entre os salvos, é o egoísmo, expresso por Paulo ao dizer que Não atente cada um para o que é propriamente seu”, o que pode ser também traduzido pela ideia de olhar com atenção, olhar atentamente para algo, usado aqui de forma positiva ao referir-se ao interesse que os salvos devem demonstrar pelas necessidades daqueles que o rodeiam. O princípio defendido pelo apóstolo ao usar esta expressão é que as ações de um cristão devem ser motivadas não pelo egoísmo, mas pelo bem estar alheio, devendo ser este o alvo a dirigir suas ações.

A proposição de Paulo ao dirigir está exortação aos filipenses é que, ao invés do partidarismo, vanglória e egoísmo que caracterizam os homens ímpios, o salvo em Cristo deve manifestar em seu viver uma atitude humilde, consideram os outros superiores a si mesmo e atentando as necessidades alheias. A fim de demonstrar a importância desta verdade Paulo lançou mão do maior exemplo de humildade e altruísmo conhecido nas Escrituras ao dizer-lhes “De sorte que aja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Filipenses 2.5). Eis o que devem fazer os salvos.

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