DEVOCIONAL 07\12\2021 O PROBLEMA DA PROSPERIDADE DOS ÍMPIOS
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
07\12\2021
TÍTULO
O PROBLEMA DA PROSPERIDADE DOS ÍMPIOS
TEXTO
O atento leitor das
sagradas Escrituras encontra no Salmo 73 um impactante testemunho quanto a
potencialmente destrutiva força que a incompreensão quanto a condição de vida
dos homens ímpios pode trazer a mente e coração de um filho de Deus. O presente
testemunho nos é outorgado por Asafe, regente da música no templo em Jerusalém,
um homem de grande capacidade e piedade, incumbido de conduzir o povo de Israel
a adoração ao Senhor, mas que se viu preso a uma perigosa condição espiritual
ao mover seus olhos do Senhor. Aprendamos, pois, a preciosa lição de Asafe.
Notemos que Asafe não
nega a bondade de Deus para com seu povo, uma vez que isto é declarado logo no
início de seu testemunho “Verdadeiramente bom é Deus para com
Israel, para com os limpos de coração” (verso 1). Porém um fato acabou por quase custar-lhe a sanidade
espiritual, como ele mesmo reconhece “Quanto a mim, os meus pés quase que se
desviaram; pouco faltou para que escorregassem os meus passos” (verso 2). O
mal que atingiu Asafe é descrito por ele mesmo como algo vindo de seu próprio
coração
“Pois eu tinha inveja dos néscios, quando via a prosperidade dos ímpios”
(verso 3). A aparente forma injusta pela qual
Deus permitia aos ímpios prosperarem neste mundo foi a causa do tropeço de
Asafe, fazendo-o superdimensionar a condição de vida destes como algo
absolutamente ilógico ao dizer que “não há apertos na sua
morte” (verso 4) e que eles “nem são afligidos
como outros homens” (verso 5), ou seja, mesmo vivendo de forma ímpia aparentemente estes
homens não sofrem qualquer forma de juízo por parte de Deus, fazendo com que se
comportem de forma soberba (verso 6) e que desfrutem de todo o bem que este
mundo pode lhes conceder “eles têm mais do que
o coração podia desejar” (verso 7). Asafe
observa que o bem que provam não faz com que sejam menos ímpios, pelo
contrário, colaboram ainda mais para sua corrupção, uma vez que “São
corrompidos...falam arrogantemente” (verso 8) e mesmo assim nada lhes
acontece que impeça seu comportamento pecaminoso (verso 10). Além disso, tais
homens não temem zombar de Deus, afrontando-o diretamente ao dizer “Como o sabe Deus? Há conhecimento no Altíssimo?” (verso 11). A visão amargurada de Asafe assim
os vê “Eis que estes são ímpios, e prosperam no mundo;
aumentam em riquezas” (verso 12).
A observância desta aparente contrariedade leva Asafe a desesperar-se,
como se todo seu labor espiritual fosse vão “Na verdade que em vão tenho purificado o meu coração; e lavei as minhas
mãos na inocência. Pois todo o dia tenho sido afligido, e castigado cada manhã” (versos 13,14). Porém, algo fez com que Asafe
recobra-se sua consciência, de forma a ver claramente aquilo que lhe estava
oculto
“Até que entrei no
santuário de Deus; então entendi eu o fim deles” (verso 17). Asafe então descreve a realidade
daqueles que anteriormente lhe pareciam beneficiados pelo pouco caso de Deus “Certamente
tu os puseste em lugares escorregadios; tu os lanças em destruição. Como caem na desolação, quase num momento! Ficam totalmente consumidos
de terrores. Como um sonho, quando
se acorda, assim, ó Senhor, quando acordares, desprezarás a
aparência deles” (versos 18 a
20).
Assim como ocorreu com Asafe, a aparente e contraditória prosperidade dos
ímpios tem servido de pedra de tropeço a muitos filhos de Deus, tendo como
único antídoto a verdade reconhecida por Asafe ao dizer “Mas para mim,
bom é aproximar-me de Deus” (verso 28). Por isso, manter
os olhos fixos no Senhor é dever permanente de todo salvo.
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