DEVOCIONAL 18\12\2021 A QUEM SUA CAUSA PERTENCE?
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
18\12\2021
TÍTULO
A QUEM SUA CAUSA PERTENCE?
TEXTO
O atento leitor das
sagradas Escrituras encontra no Salmo 74 um comovente lamento do povo judeu
diante da lembrança da destruição do templo em Jerusalém pelos babilônicos
comandados por Nabucodonozor. Esta destruição foi de tal forma grande que
muitos judeus chegaram a imaginar que jamais Deus voltaria novamente seu rosto
para a nação de Israel. Observemos com atenção este salmo trágico e ao mesmo
tempo esperançoso.
O salmista começa por
reconhecer que a causa do que acontecia a seu povo encontrava na disciplina de
Deus sua razão “Ó
DEUS, por que nos rejeitaste para sempre? Por
que se acende a tua ira contra as ovelhas do teu pasto?” (verso 1). A esperança do salmista de que
Deus daria ouvidos ao seu clamor se baseia no relacionamento entre o Senhor e
seu povo, ressaltado de forma figurada ao dizer que eram eles “ovelhas do
teu pasto” (verso 1), “sua congregação” (verso 2), “vara da tua herança” (verso 2) e “seus aflitos” (verso 19). O salmista deseja como que despertar a
memória de Deus para a verdade que o Senhor os havia comprado para Si e que
Jerusalém era sua morada (verso 2).
O salmista fala como se Deus não soubesse do que havia acontecido,
procurando descrever “... tudo o que o inimigo tem
feito de mal no santuário” (verso 3), como por nele suas
insígnias (verso 4), a destruição do templo a golpes de machado (versos 5,6), o
incêndio causado pelos caldeus e a derrubada de suas paredes (verso 7), e a
destruição de tudo o que lembrasse o nome do Senhor (verso 8). O salmista
lamenta a condição a que foram reduzidos ao dizer “Já não vemos os nossos
sinais... nem há entre nós alguém que saiba até quando isto
durará” (verso 9). Transtornado diante de tal situação o
salmista indaga uma série de questões, dando vazão ao desespero que toma conta
de sua alma “Até quando, ó Deus, nos afrontará o
adversário? Blasfemará o inimigo o teu nome para sempre? Por que retiras a tua mão, a saber, a
tua destra?” (versos
10,11). Porém, o salmista encontra consolo e esperança ao relembrar os feitos
grandiosos do Senhor em prol do seu povo em circunstâncias onde não havia como
escaparem, como quando o Senhor abriu as águas do mar Vermelho, criando uma
rota de fuga a Israel e destruindo os exércitos egípcios (versos 13,14), como
também quando ameaçados pela sequidão do deserto o Senhor fez brotar da rocha
água para eu povo (verso 15). A esperança do salmista se fortalece ao relembrar
que o Senhor é quem criou e mantém este mundo, controlando dias e estações pelo
seu poder, não havendo o que seja impossível ao seu poder (versos 16,17).
Em seu desejo por restauração, o salmista lembra a Deus que Ele também
foi afrontado pelo ódio dos caldeus “Lembra-te disto: que o
inimigo afrontou ao Senhor e que um
povo louco blasfemou o teu nome” (verso 18). Em sua angústia ele pede que o
Senhor não entregue seu povo a seus inimigos (verso 19), lembrando-se da
aliança que com eles firmou (verso 20), a fim de que voltem a exaltar seu nome
na sua santa cidade (verso 21). Diante de tão grande sofrimento, nada resta ao
salmista a não ser clamar ao Senhor diante da zombaria de seus inimigos, fato
que leva também nós hoje a reconhecer a quem realmente pertence nossas batalhas
“Levanta-te, ó Deus, pleiteia a tua própria causa” (verso 22).
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