DEVOCIONAL 27\12\2021 O MAIS NOCIVO DOS ENGANOS
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
27\12\2021
TÍTULO
O MAIS NOCIVO DOS ENGANOS
TEXTO
O atento leitor das
sagradas Escrituras encontra na epístola aos romanos uma preciosa explanação do
apóstolo Paulo quanto a justificação unicamente pela fé em Jesus Cristo. A
mensagem de Paulo não se constituiu em algo novo ou a parte daquilo que a
verdade revelada no Velho Testamento ensinou aos homens de seu tempo e em
especial aos judeus, mas sim na confirmação daquilo que foi anteriormente
anunciado pelos profetas, de que “o
justo viverá pela fé”, como escreveu o profeta Habacuque. Porém, o espírito
legalista que havia se apossado da nação judaica constituiu-se em grande empecilho
a que viessem a fé em Jesus, levando o apóstolo Paulo a escrever esta epístola respondendo
a muitos dos argumentos judaicos usados a fim de desacreditar a mensagem universal
e salvadora do evangelho, como quando o apóstolo expõe a contradição dos judaizantes quanto à necessidade
que também eles tinham de serem justificados pela fé ao dizer “Portanto,
és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas
a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo” (Romanos 2.1). Pensemos seriamente nesta verdade.
Primeiramente,
é importante observarmos o critério utilizado pelos judeus a fim de argumentar
que não necessitavam do evangelho. Em seu julgamento, ao ouvirem a explanação
de Paulo quanto a justa condenação de toda raça humana devido ao pecado, a estreita
visão judaica os levou a concluir que o ensino do apóstolo Paulo era
perfeitamente aplicável a todos aqueles que não eram judeus, excluindo a eles
mesmo desta condenação. Sua justificativa residia em todos os privilégios que
provavam como nação escolhida de Deus, indo da posse da lei ao sinal da circunscrição,
passando pela história de Jerusalém e a presença do templo naquela cidade. Em
momento algum eles haviam percebido que todos estes privilégios eram bençãos de
Deus que eles haviam mal utilizado. O fato que os judeus premeditadamente
ignoravam é que suas enganosas conclusões os haviam tornado cegos e introduzido
um preconceito em suas mentes, separando as pessoas simplesmente entre judeus e
gentios, uns merecedores da salvação, outros merecedores da condenação, fazendo-os
capazes de enxergar de longe os pecados dos gentios, mas incapazes de
reconhecer que praticavam exatamente os mesmos pecados daquelas nações e
levando Paulo a dizer-lhes “... porque te condenas a ti mesmo naquilo em que
julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo”.
Já se passaram quase dois mil
anos desde que o Espírito santo inspirou o apóstolo Paulo a registrar estes argumentos
na epístola aos romanos, porém o mesmo mal continua a ser praticado pelo povo
que diz servir a Deus. Ou não é da mesma forma que muitos cristãos tem julgado
e separado as pessoas argumentando que todos
aqueles que não estão na igreja são merecedores do inferno, ao mesmo tempo em
que todos aqueles que estão na igreja merecem o céu simplesmente por estarem
ali. E mesmo que os mesmos pecados que veem no mundo sejam praticados também
por aqueles que frequentam as igrejas, o simples fato de serem chamados de
evangélicos parece que os justifica.
Portanto, não nos enganemos,
nenhum mérito humano pode nos conduzir ao céu, somente o sangue de Jesus o pode
fazê-lo.
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