DEVOCIONAL 02\02\2022 AS BENÇÃOS DO SOFRIMENTO: PURIFICAR O CORAÇÃO
DEVOCIONAL DIÁRIO
DATA
02\02\2022
TÍTULO
AS BENÇÃOS DO SOFRIMENTO: PURIFICAR O
CORAÇÃO
TEXTO
Ao
observarmos o ensino do apóstolo Pedro em sua primeira epístola percebemos a
forma tão clara pela qual o apóstolo conjuga santidade e sofrimento como verdades
que se associam no viver cristão a fim de gerar nos salvos os frutos de sua
vida em Cristo. Após observarmos a utilidade do sofrimento a fim de que
abandonemos o afeto pelas coisas transitórias e mundanas e nos fixemos naquilo
que é celestial e eterno, devemos também reconhecer que as aflições que
provamos tem como objetivo expulsar de nosso coração pecados que muitas vezes
não estamos dispostos a abandonar, ao mesmo tempo em que nos conduz a uma vida
de dependência do Senhor.
Você já percebeu quanto
pecado guardamos em nosso coração sem que ninguém perceba? Do rancor a
amargura, do desprezo ao sentimento de superioridade, tal qual os rejeitos
enterrados em aterros sanitários, cuja decomposição produz elementos tóxicos e
nocivos imperceptíveis ao olho humano, mas nocivos e perigosos a vida, tudo
aquilo que mantemos soterrado em nossa alma um dia também poderá causar danos.
Infelizmente a maioria de nós deseja manter tais pecados encobertos, o que
acaba por impedir o crescimento espiritual que nos tornará fortes e úteis na
obra do Senhor, tal como nos exorta o autor da epístola aos hebreus ao nos
dizer “Portanto, nós também, pois que estamos rodeados de
uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que
tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está
proposta” (Hebreus 12.1). Pedro nos ensina em sua
primeira epístola que a provação de nossa fé, muitas vezes por meio de lutas e
sofrimentos, visa purificar nossa confiança no Senhor, purificando-a de tudo
aquilo que a contamina, ao dizer “Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro
que perece e é provado pelo fogo” (1 Pedro 1.7)
Da
mesma forma, o sofrimento que sobre nós se abate também é útil a fim de nos
tornar cônscios de nossa intima dependência de Deus. O
pecado acabou por derramar em nossa alma um veneno que nos entorpece e nos tira
da realidade, criando em nossa mente e coração um mundo paralelo, onde ocupamos
o lugar de Deus, de tal forma que, por vezes, a única forma do Senhor nos
despertar desta ilusão é por meio do sofrimento. É bem conhecido dos atentos
leitores das sagradas Escrituras os fatos que se sucederam com Nabucodonozor,
rei dos caldeus, narrados no quarto capítulo do livro de Daniel. Entorpecido em
seu orgulho, Nabucodonozor passou a admirar e proclamar a magnificência de seu
reino, pelo que o Senhor o lançou a condição humilhante de comportar-se e
reconhecer-se como um animal irracional, sendo por isso tirado do convívio
humano e mantido a parte em sua demência, até que o Senhor o fez recobrar seu
entendimento, quando então Nabucodonozor reconhecer que toda glória e majestade
pertencem unicamente ao verdadeiro Deus.
Quantos de nós hoje tem
também cultivado em sua mente e coração pensamentos de soberba e orgulho
semelhantes a este homem? Quando todos os demais meios não surtem o efeito de
nos despertar de nosso entorpecimento espiritual, resta ao Senhor permitir que
o sofrimento nos traga novamente a sensatez, expondo o pecado escondido em
nosso coração e nos ensinando a viver de forma humilde como o Mestre.
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