DEVOCIONAL 05\02\2022 O LEGADO DE ESTEVÃO


 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

05\02\2022

TÍTULO

O LEGADO DE ESTEVÃO

TEXTO

O atento leitor das sagradas Escrituras encontra entre nos capítulos 6 a 8 do livro de Atos a narrativa quanto ao ministério e martírio de Estevão, cujo nome significa coroa, concedendo ainda mais glória ao fato de Estevão ter sido o primeiro mártir da era cristã. O leitor bíblico deve reconhecer Estevão como um dos personagens secundários mais importantes do Novo Testamento, homem de estatura espiritual notável e que influenciou de forma profunda, por sua vida e morte, toda a primeira geração de cristãos.

Apesar de que uma antiga tradição literária procure incluir Estevão entre os setenta discípulos enviados por Jesus, fato pouco provável, encontramos a primeira menção a pessoa de Estevão quando da escolha dos diáconos que deveriam cuidar da questão das viúvas em atos 6 “... e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, e Filipe, e Prócoro, e Nicanor, e Timão, e Parmenas e Nicolau, prosélito de Antioquia” (Atos 6.5). Uma importante distinção encontrada neste relato descritivo a respeito de Estevão, além de qualifica-lo como um homem cheio de fé e poder, são os prodígios e sinais praticados por ele entre o povo (Atos 6.5), fato citado a poucos além de Jesus e dos apóstolos, o que demonstra a estatura espiritual diferenciada de Estevão entre seus pares.

Tal notoriedade no testemunho do evangelho de Cristo acabou por atrair o descontentamento dos líderes judaicos, que se opuseram à seu ministério “E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos libertinos, e dos cireneus e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilícia e da Ásia, e disputavam com Estêvão” (Atos 6.9). Não podendo resistir ao poder do Espírito manifesto no testemunho de Estevão, tais líderes judeus usaram contra ele a mesma estratégia que haviam usado contra o Senhor, revelando-nos o quanto a pessoa de Cristo podia ser vista nele E apresentaram falsas testemunhas, que diziam: Este homem não cessa de proferir palavras blasfemas contra este santo lugar e a lei” (Atos 6.13). Em sua defesa contra as falsas acusações levantadas contra ele, Estevão lançou mão da extensa história do povo judeu, iniciando pelo patriarca Abraão e demonstrando toda a dureza do coração deles Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim vós sois como vossos pais. A qual dos profetas não perseguiram vossos pais? Até mataram os que anteriormente anunciaram a vinda do Justo, do qual vós agora fostes traidores e homicidas; Vós, que recebestes a lei por ordenação dos anjos, e não a guardastes” (Atos 7.51 a 53). Tais palavras acabaram por acender ainda mais a ira de seus oponentes, momento em que Estevão então é agraciado pelo Senhor ao contemplar a seu salvador assentado a destra Deus  (Atos 7.55).

O martírio de Estevão, assim como sua vida, revelou o quão próximo vivia ele de Cristo, a ponto de agir como o Senhor havia agido para com seus algozes “E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado. E, tendo dito isto, adormeceu” (Atos 7.60). Sua morte impactou de forma profunda a igreja apostólica, em especial de um homem que a assistiu E TAMBÉM Saulo consentiu na morte dele” (Atos 8.1). A igreja em Jerusalém lamentou e honrou a Estevão ao se despedir dele, como nos narra Lucas “E uns homens piedosos foram enterrar Estêvão, e fizeram sobre ele grande pranto” (Atos 8.2). Seu legado pertence a todos aqueles que, de forma intrépida e corajosa testemunham de seu Salvador, até a morte.

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