DEVOCIONAL 08\03\2022 A ÚNICA CREDENCIAL QUE NOS DÁ ACESSO A DEUS


 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

08\03\2022

TÍTULO

A ÚNICA CREDENCIAL QUE NOS DÁ ACESSO A DEUS

TEXTO

O atento leitor das sagradas Escrituras encontra no testemunho pessoal registrado pelo apóstolo Paulo no terceiro capítulo de sua carta aos cristãos filipenses uma argumentação firme e real da inutilidade das práticas religiosas quanto a condição eterna da alma humana. Enquanto viveu falsamente amparado em suas credenciais religiosas, Paulo se apegou a elas de tal forma que as considerava inegociáveis, porém, ao conhecer Cristo o apóstolo não teve dúvidas quanto aquilo que realmente possuía valor, testemunhando aos filipenses que ... o que para mim era ganho, reputei-o perda por Cristo” (Filipenses 3.7).

Durante muito tempo em sua vida Paulo imaginou que suas credenciais religiosas eram algo de muito valor e pelas quais valia a pena lutar, porém, ao perceber o real valor de suas obras humanas, acabou por descobrir que havia investido sua vida em coisas sem nenhum valor eterno. Ele reconheceu que a religiosidade recebida de seus antepassados, as quais erroneamente pensava possuírem um valor inestimável, um ganho, na realidade nada representavam. É por isso que Paulo nos diz que o conhecimento da pessoa de Cristo o convenceu que toda sua tradição religiosa não passava de perda, ou seja, era algo absolutamente desvantajoso. Paulo enfim percebeu que tudo o que ele pusera tanta confiança agora se revelava sem valor algum, incapazes de lhe aproximar de Deus ou de obter a segurança eterna de sua alma. Mas agora que veio a Cristo todas estas supostas vantagens acabaram por perder o valor que ele imaginava ter.

O conhecimento de Cristo levou Paulo a uma conclusão que humanamente seria devastadora a sua vida. Sua definitiva decisão de abandonar a religiosidade vazia que até ali havia seguido o fez das as costas a tudo que considerava valioso, reconhecendo a convicção que agora ocupava seu coração “E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas,. Literalmente, ele disse um definitivo adeus a religião que seus pais lhe legaram, cortando todos os laços que um dia o ligaram ao judaísmo. Não pensemos, pois, que tal decisão foi algo precipitado ou mesmo impensado, pelo contrário, Paulo demonstrando que sabia muito bem o que o havia atraído ao ponto de renegar suas tradições religiosas, dizendo que as havia abandonado “... pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor”. Paulo havia definitivamente encontrado algo de real e incomparável valor, Cristo, um conhecimento que ultrapassa todas as coisas.

Tal decisão havia ocupado de uma forma tão intensa o coração do apóstolo, que ele voluntariamente retirou de sua vida tudo o que lhe impedia de atingir seu alvo “... pelo qual sofri a perda de todas estas coisas”, a ponto de agora olhar para sua religiosidade passada e as considerar “como escória”, como algo inútil e sem valor. A partir do encontro no caminho de Damasco, um só pensamento ocupava a mente do apóstolo, seu único objetivo agora era “ganhar a Cristo”, uma vez que nada mais tinha valor para ele.

Quão importante é que todo ser humano reconheça que o acesso a Deus não se dá pelas inúteis credenciais religiosas que possamos apresentar, mas pela única credencial que dá acesso ao céu, como nos ensina João “Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida” (1 João 5.12).

 

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