DEVOCIONAL 16\03\2022 DUAS ALMAS, DOIS DESTINOS


 DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

16\03\2022

TÍTULO

DUAS ALMAS, DOIS DESTINOS

TEXTO

O atento leitor das sagradas Escrituras encontra nos capítulos 9 e 10 no evangelho de Marcos as narrativas que descrevem o encontro de dois homens com Jesus. O primeiro deles é trazido por seu pai, que o apresenta a Jesus. Sua condição é desesperadora, uma vez que sua alma está à mercê da possessão demoníaca que o aflige. O segundo homem nos é apresentado como um jovem rico e educado, disposto a encontrar a vida eterna. Aos olhos humanos esses homens representam duas figuras distintas, porém aos olhos do Senhor sua condição é idêntica, mesmo que o motivo da escravidão da alma de cada um deles seja distinta. Enquanto um é escravizado pelos demônios, o outro o é pelas riquezas que dominam a afeição de seu coração.

Em relação ao homem endemoniado, que chegara a Jesus definhando diante dos intensos sofrimentos que lhe impostos, cujo pai clamara a Jesus por ajuda, Marcos nos diz que, ao contrário de toda expectativa, ele encontrou no Mestre sua libertação, demonstrando assim que Jesus era o único capaz de lhe conceder o que necessitava E ele, clamando, e agitando-o com violência, saiu; e ficou o menino como morto, de tal maneira que muitos diziam que estava morto. Mas Jesus, tomando-o pela mão, o ergueu, e ele se levantou” (Marcos 9.26,27). Já em relação ao homem rico e bem apessoado, a quem a maior parte das pessoas julgariam como um excelente candidato a se tornar um proeminente discípulo de Jesus, Marcos nos diz que, após ser exortado a abandonar o ídolo de seu coração, não lhe restou outra alternativa a não se retirar, uma vez que era incapaz de vence-lo “Mas ele, pesaroso desta palavra, retirou-se triste; porque possuía muitas propriedades” (Marcos 10.22). A respeito dele, restou a Jesus reconhecer seu triste estado “Então Jesus, olhando em redor, disse aos seus discípulos: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas!” (Marcos 10.23).

Estas duas narrativas nos apresentam um homem que se achega ao Mestre em situação deplorável, porém é liberto de seus males. Como também um homem em aparente situação confortável e segura, que não encontra a salvação. Qual a razão disto? Marcos nos revela a humilde petição do pai do homem endemoniado, que clama ao Senhor ... se tu podes fazer alguma coisa, tem compaixão de nós, e ajuda-nos” (Marcos 9.22). Jesus coloca diante dele uma única condição Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê” (Marcos 9.23), palavras que acabam por destruir todo embaraço a que tanto ele como seu filho recebessem o auxílio de Jesus E logo o pai do menino, clamando, com lágrimas, disse: Eu creio, Senhor! ajuda a minha incredulidade” (Marcos 9.24). Marcos nos revela que a verdadeira escravidão não era a causada pelos demônios, mas sim a escravidão da incredulidade, que derrotara o homem rico e educado, mas que fora vencida pelo poder de Jesus E Jesus, vendo que a multidão concorria, repreendeu o espírito imundo, dizendo-lhe: Espírito mudo e surdo, eu te ordeno: Sai dele, e não entres mais nele” (Marcos 9.25).

O que aprendemos destas duas narrativas diz mais respeito a cada um de nós do que imaginamos, uma vez que também a nós restam apenas uma destas alternativas. Ou clamamos a Cristo me total dependência de seu poder, ou escolhemos permanecer apegados aos ídolos de nosso coração, sendo condenados eternamente. Há apenas dois destinos, qual é o seu?

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