Devocional 26\06\2022 O SALMO 12 E O CLAMOR DOS SALVOS DIANTE DA CRESCENTE MANIFESTAÇÃO DA IMPIEDADE
TÍTULO
O SALMO 12 E O CLAMOR DOS SALVOS DIANTE
DA CRESCENTE MANIFESTAÇÃO DA IMPIEDADE
TEXTO
O contexto histórico do
Salmo 12 não nos permite apontar algum acontecimento específico que tenha
levado o salmista a registrar seu lamento e preocupação. Porém, podemos ligar o
teor do Salmo 12 ao período após o reinado de Salomão, quando a desestruturação
do reino de Israel gerou um ambiente de disputas internas que culminaram por
causar a divisão do reino, permitindo que grupos contrários se enfrentassem
utilizando-se de todo tipo de artimanhas para colocar-se em vantagem. É em meio
a este ambiente destrutivo e marcado pela impiedade e injustiça que o salmista
clama “Salva-nos, SENHOR”.
Após um longo período de paz e prosperidade no reino
de Israel, resultado dos esforços do rei Davi em vencer os inimigos ao seu
redor, Salomão pode reinar em um ambiente de paz e segurança, porém após sua
morte homens ímpios assumiram a liderança da nação, o que se refletiu na
sociedade judaica, que acabou também por ser dominada pela impiedade, como
revela o salmista “Cada um fala com falsidade ao seu próximo; falam com
lábios lisonjeiros e coração dobrado”. A medida em que os princípios como a
sinceridade e a verdade eram abandonados pela nação, princípios ímpios eram
adotados em seu lugar, levando os homens a manifestarem sua rebelião “Com a
nossa língua prevaleceremos, são nossos lábios, quem é senhor sobre nós?”.
O verso 5 nos revela que a opressão dos pobres era a estratégia usada pelos
grupos rivais a fim de fortalecer seu poder, levando o povo que durante o
reinado de Salomão provara de prosperidade e segurança a gemer debaixo da
autoridade impiedosa de seus novos governantes.
A
resposta do todo-poderoso não se deixa tardar “Pela opressão dos pobres, pelo gemido dos necessitados me levantarei
agora, diz o Senhor”. Fiel a seu caráter justo, Deus se levanta a fim de
socorrer aqueles que são fustigados pela vara da impiedade, a intenção do
Senhor é clara “...porei a salvo aquele
para quem eles assopram”, nos ensinando que o poder humano, apesar de sua
aparente opulência e autoridade, jamais sobrepujará o poder onipotente de Deus
nem será capaz de condenar aqueles a quem o Senhor tem socorrido. O salmista
ainda reafirma sua confiança ao dizer “tu
os guardarás, Senhor, desta geração os livrarás para sempre”.
É
bom que também nós reconheçamos que a questão da impiedade e da violência dos
poderosos contra os mais frágeis deve nos preocupar constantemente, como nos
lembra o salmista “Os ímpios nadam por
toda a parte, quando os mais vis dos filhos dos homens são exaltados”. Os
homens ímpios são descritos como um bando de animais selvagens, vagando em
busca de suas presas. Em oposição a manifestação do pecado, o salmista nos leva
a depositar nossa confiança no socorro sempre presente do Senhor “As palavras do Senhor são palavras puras,
como prata refinada em fornalha de barro, purificada sete vezes”. O
salmista usa a figura de algo absolutamente confiável, a prata purificada sete
vezes no cadinho era considerada incontaminada e plenamente confiável. Assim é
a palavra de nosso Deus.
Que
esta segurança diante da manifestação crescente na impiedade neste mundo nos
leve a considerar, para nosso conforto e fortalecimento, o ensino do apóstolo
João “Sabemos que somos de Deus, e que o
mundo inteiro jaz no maligno”.
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