DEVOCIONAL DIÁRIO 20\09\2022 TÍTULO O PRECURSOR DO MINISTÉRIO DE CRISTO
DEVOCIONAL
DIÁRIO
20\09\2022
TÍTULO
O PRECURSOR DO MINISTÉRIO DE CRISTO
TEXTO
Jamais
pensemos que os relatos bíblicos possuem unicamente a função de nos informar
dos acontecimentos que se deram quando da vinda do Salvador, tais relatos visam
um fim superior ao qual devemos nos atentar.
A
descrição feita por João Marcos da figura, mensagem e propósito de João Batista
deve nos chamar a atenção por sua forma contida e direta em relatar o que a nação
de Israel viu naqueles dias “E João andava vestido de pelos de camelo, e com um cinto de couro em
redor de seus lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre. E pregava, dizendo: Após mim vem aquele
que é mais forte do que eu, do qual não sou digno de, abaixando-me, desatar a
correia das suas sandálias. Eu, em verdade, tenho-vos batizado com água; ele, porém, vos batizará
com o Espírito Santo” (Marcos 1.6 a 8).
Primeiramente notemos
que Marcos contem-se a detalhes específicos quanto as vestes e a alimentação de
João, dizendo que ele “andava vestido de pelos de camelo, e com um cinto de couro em redor de
seus lombos, e comia gafanhotos e mel silvestre”. Se João fosse uma figura de nossos dias, certamente seria rotulado como
um homem no mínimo excêntrico, porém reconheçamos que suas vestes e alimentação
estão de acordo com o inóspito lugar em que residia, o deserto. Suas roupas
eram rústicas e simples, seu alimento característico do deserto, que somados,
revelavam um homem cujo espírito revelava o julgamento prestes a ser derramado
sobre os valores cultivados por sua nação. Em João Deus revelava que a aparência
exterior da religião judaica não era capaz de produzir o que eles realmente
necessitavam.
Outro ponto essencial
da descrição empreendida por Marcos atenta para a mensagem anunciada por João, “E
pregava, dizendo: Após mim vem aquele que é mais forte do que eu, do qual não
sou digno de, abaixando-me, desatar a correia das suas sandálias”. Sua mensagem
era clara, o homem que se manifestaria após ele o sobrepujava em força e honra,
fato que de modo nenhum envergonhava ou constrangia o mensageiro do deserto. João
era reputado como um profeta, o que por si só gerava no povo um espírito de temor
e reverência, e Marcos usa deste fato a fim de destacar que João, reconhecido
por eles como um homem enviado por Deus, reconhecia que Jesus Cristo era infinitamente
superior a ele. A narrativa destas verdades tinha como propósito conduzir
aquelas pessoas a reconhecerem que o servo sofredor, que havia dado sua própria
vida em prol deles, era verdadeiramente o Filho de Deus.
Finalmente, Marcos
registra o grandioso testemunho de João quanto ao ministério inigualável de
Jesus, “Eu, em verdade, tenho-vos batizado com água; ele, porém, vos
batizará com o Espírito Santo”. O batismo de João era com água, ou seja, era
um símbolo externo de uma verdade maior, porém incapaz de produzir verdadeira
mudança naqueles que lhe prestavam obediência. Aquele que viria após João os
batizaria com o Espírito Santo, produzindo neles uma transformação genuína e
profunda, incutindo neles o poder capaz de regenera-los. Assim João declara que
Jesus era superior a ele em seu poder e ofício, introduzindo os fabulosos anos
em que o Filho de Deus realizaria entre eles sinais inigualáveis.
Ao nos relatar tais
verdades, o propósito de João Marcos não é meramente nos informar, mas
principalmente nos despertar a fé. O relato de João Batista deve nos convencer
que grandiosidade de Jesus, que não pode ser negada por aqueles que a contemplaram
e registraram a fim de que nós também o conhecêssemos.
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