DEVOCIONAL DIÁRIO 21\09\2022 TÍTULO O SIGNIFICADO E APLICAÇÃO DA PALAVRA: ÍDOLO
DEVOCIONAL
DIÁRIO
21\09\2022
TÍTULO
O SIGNIFICADO E APLICAÇÃO DA PALAVRA:
ÍDOLO
TEXTO
A
maior ação que um ser humano pode realizar é desligar seu coração dos ídolos
vãos que lhe escravizam e depositar sua confiança no Deus vivo e verdadeiro, a
isso chamamos salvação.
Tanto
no Velho como no Novo Testamento a expressão ídolo denota algo fútil, vão, a
ponto do profeta Jeremias referir-se a eles como espantalhos em um milharal (Jeremias
10.5, ARA), enquanto o apóstolo Paulo conclui que “o
ídolo nada é no mundo” (1
Coríntios 8.4). Observemos com atenção o que a gramática bíblica tem a nos
ensinar a respeito desta questão.
Encontramos
em diversas passagens do Velho Testamento narrativas envolvendo aquilo que o
hebraico qualifica como teraphin, traduzido como ídolo, e cujo significa advém da
expressão usada pelos povos que habitavam a mesopotâmia nos dias dos
patriarcas, cujo significado era espírito ou demônio. São estes ídolos do lar
que são furtados por Raquel quando da fuga empreendida por Jacó, “E havendo Labão ido a tosquiar as suas ovelhas, furtou
Raquel os ídolos que seu pai tinha” (Gênesis
31.19). Por vinte vezes encontramos no Velho Testamento a palavra elil,
uma palavra desdenhosa para falso deus, cuja fabricação era absolutamente
proibida em Israel “Não vos virareis para os
ídolos nem vos fareis deuses de fundição. Eu sou o Senhor vosso Deus” (Levítico
19.4). O uso desta palavra aponta sempre para algo que nada vale, algo fútil,
vão, como é referido no primeiro livro das crônicas “Porque todos os deuses dos povos são ídolos” (1 Crônicas 16.26), ou seja, não passam de coisas
vãs. Outra expressão desdenhosa quanto aos ídolos também encontrada no Velho
Testamento é gillulim, cujo significado literal é pelotas de
esterco, traduzida por “deuses” no capítulo vinte e seis do livro
de Levítico “E destruirei os vossos altos,
e desfarei as vossas imagens, e lançarei os vossos cadáveres sobre os cadáveres
dos vossos deuses; a minha alma se enfadará de vós” (Levítico
26.30). Estas e outras palavras usadas pelos escritores veterotestamentários
revelam o horror e desprezo deles por tudo o que estivesse ligado a tais
ídolos, de forma que o povo de Deus estivesse sempre atento a verdade revelada
pelo salmista “Porque todos os deuses dos
povos são ídolos, mas o Senhor fez
os céus” (Salmo 96.5)
Já
no Novo Testamento encontramos a palavra eidolon, derivada de eidos,
aparência, imaginação, referindo-se a imagens que representam falsos deuses,
como na primeira epístola aos coríntios “Vós bem
sabeis que éreis gentios, levados aos ídolos mudos, conforme éreis guiados” (1
Coríntios 12.2). O Novo Testamento segue o mesmo significado aplicado pelo
Velho Testamento no que diz respeito aos ídolos, de forma que o apóstolo Paulo
se refere a eles como coisas vãs, como é registrado no livro de Atos “vos anunciamos que vos convertais dessas vaidades ao Deus vivo,
que fez o céu, e a terra, o mar, e tudo quanto há neles” (Atos
14.15). É importante salientar que, diferente dos profetas
veterotestamentários, que utilizavam do sarcasmo a fim de revelar a inutilidade
dos ídolos, o apóstolo Paulo se utilizou de uma estratégia diferente, como
quando encontrou a cidade de Atenas imersa na idolatria (Atos 17.16). Paulo
utilizou-se da exposição das Escrituras a fim de demonstrar a eles a
inutilidade de suas práticas, a fim de abrir-lhes o entendimento.
Que
esta seja a atitude daqueles que conhecem a Jesus Cristo, a fim de que o mesmo
que se deu com os tessalonicenses, se dê também com aqueles que permanecem
presos a idolatria “Porque eles mesmos anunciam de nós qual
a entrada que tivemos para convosco, e como dos ídolos vos convertestes a Deus,
para servir o Deus vivo e verdadeiro, e esperar dos céus o seu Filho, a quem ressuscitou dentre os
mortos, a saber, Jesus, que nos livra da ira futura” (1 Tessalonicenses 1.9,10).
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