DEVOCIONAL DIÁRIO 07\10\2022 TÍTULO O USO E APLICAÇÃO DA PALAVRA DISCERNIMENTO
DEVOCIONAL
DIÁRIO
07\10\2022
TÍTULO
O USO E APLICAÇÃO DA PALAVRA
DISCERNIMENTO
TEXTO
Quanto
engano colhemos em nossas vãs tentativas de determinar o caminho certo a partir
de nosso próprio e enganoso coração.
O
verbo grego anakrinõ, formado do elemento ana e krinõ,
denota o ato de olhar ao longo de objetos ou pormenores, sendo usado a respeito
de distinguir ou separar completamente algo a fim de investigar, examinar,
questionar, sendo um termo jurídico que aponta para o exame judicial que
precede ao julgamento formal. Foi esta a palavra usada por Pilatos ao dizer que
havia examinado Jesus e que não havia encontrado nele culpa alguma (Lucas
23.14) e igualmente por Paulo ao dizer aos coríntios que pouco de importava em
ser julgado por eles ou por algum juízo humano (1 Coríntios 4.3). É este também
o termo utilizado para se referir a atitude dos crentes bereanos que “de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas
Escrituras se estas coisas eram assim” (Atos 17.11).
Este mesmo verbo é aplicado a atitude natural do ser humano, incapaz de discernir
as coisas espirituais, ou seja, de determinar por si mesmo a excelência da
palavra de Deus (1 Coríntios 2.14).
Outro verbo
grego usado pelos autores do Novo Testamento é diakrinõ, no
sentido de separar, discriminar, determinar, decidir, usado por Jesus a fim de
responder aos fariseus que lhe pediam um sinal do céu “Hipócritas, sabeis
discernir a face do céu, e não discernis os sinais dos tempos?” (Mateus 16.3). Em sua
epístola aos coríntios, o apóstolo Paulo usa este mesmo verbo a fim de instruir
os salvos quanto a participação na ceia do Senhor ao dizer “Porque o que
come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não
discernindo o corpo do Senhor” (1 Coríntios 11.29). O apóstolo aqui aponta
para a incapacidade deles em reconhecer o que aqueles elementos representavam.
No mesmo texto Paulo volta a utilizar este verbo no termo “julgássemos a nós
mesmos”, literalmente discerníssemos a nós mesmos, se referindo ao discernimento
da nossa própria condição, julgando assim se há em nós algum mal.
Encontramos também
no Novo testamento o substantivo diakrisis, no sentido de
distinção, discernimento, como usado pelo apóstolo Paulo em referência ao dom
de discernimento dos espíritos, ou seja, a capacidade dada pelo Espírito Santo
aos salvos daqueles dias de julgar pelas evidências a procedência daqueles que
se manifestavam na igreja, se vinham ou não do Senhor. Em Hebreus 5.14 este
mesmo substantivo é utilizado a fim de descrever a capacidade de salvos maduros
em discriminar entre o bem e o mal, se referindo a eles como aqueles que possuem
“os sentidos exercitados para discernir”. Paulo utilizou esta mesma
palavra a fim de exortar os salvos em Roma que não deveriam agir como juízes da
consciência de irmãos ainda imaturos dizendo “quanto ao que está enfermo na
fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas”, ou
seja, sem julgar seu fraco raciocínio. Porém, é no adjetivo grego kriticos,
aquilo que é adequado ou qualificado para julgar, que encontramos a mais
sublime referência ao discernimento ao dizer que a palavra de Deus, a Bíblia, “é apta para discernir os pensamentos e intenções do
coração” (Hebreus 4.12). O significado desta
verdade é que a Bíblia é a única capaz de discriminar e julgar plenamente o que
pensamos e sentimos.
Quão perigoso é confiarmos
em nossos próprios julgamentos sem darmos ouvidos aquilo que a palavra de Deus
tem a nos dizer. Somente a Bíblia é capaz de discernir completamente nossas
intenções, de forma que faremos bem permitir que ela julgue nosso próprio
coração.
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