DEVOCIONAL DIÁRIO 01\11\2022 A ORIGEM DO PECADO
DEVOCIONAL
DIÁRIO
01\11\2022
TÍTULO
A ORIGEM DO PECADO
TEXTO
A
fim de compreendermos a origem daquilo que a palavra de Deus designa como
pecado, devemos nos atentar a fatos descritos na Bíblia que se deram na
eternidade passada, ou seja, antes da criação deste mundo.
Primeiramente entendamos
que a narrativa de Gênesis capítulo 3 apresenta a entrada do pecado na raça
humana e não o início do pecado mesmo, de forma que a Bíblia não nos dá uma
clara revelação da origem do pecado, ela revela como o pecado chegou até nós, mas
não de sua origem. Há várias passagens onde a Bíblia ilumina nosso
conhecimento, e podemos interpreta-las a luz de uma das leis de interpretação
bíblica a qual recebe a denominação de “lei de referência dupla”. Esta lei diz
que a aplicação do mesmo texto bíblico pode atingir dois eventos ou dois
personagens, sendo a aplicação primária para um evento ou pessoa no futuro
próximo do autor ou da passagem em questão. Mas as mesmas palavras da profecia
aplicam-se a um outro evento ou pessoa de um tempo remoto, no futuro ou no
passado, de forma que o espaço de tempo entre a aplicação primária e a
aplicação secundária pode ser muito grande. Esta lei de interpretação serve
para entendermos um número limitado de passagens bíblicas, entre elas o texto
de Isaías capítulo 14, versos 12 a 14 “Como caíste desde o
céu, ó Lúcifer, filho da alva! Como foste cortado por terra,
tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de
Deus exaltarei o meu trono, e no monte da congregação me assentarei, aos lados
do norte. Subirei sobre as alturas das nuvens, e serei semelhante
ao Altíssimo”. Nesta passagem o povo de
Israel encontra-se no cativeiro na Babilônia e o Senhor usa de seus profetas
para encoraja-los em sua aflição, prometendo tira-los de lá e leva-los de volta
a sua terra. A partir do verso 4 o profeta dirige a palavra ao rei de
Babilônia, anunciando que a cidade seria destruída. A Lei de Referência
dupla se aplica dos versos 9 a 11, onde o texto trata do rei da Babilônia e da destruição
do seu reino pelos medo-persas.
A aplicação secundária
trata do reino do anticristo, que reinará no período conhecido como a grande
tribulação, porém os versos 12 a 14 se referem a alguém que não é nenhum destes
dois personagens, mas sim aquele que está por detrás de ambos, Satanás. O texto
de Isaías nos apresenta o pecado gerado em seu coração ao lançar sua vontade em
oposição à vontade de Deus, assim como seu desejo de tomar para si o reino de
Deus. Este texto nos revela que Satanás concebeu o pecado dentro deu
próprio coração, seus pensamentos provinham dele; não havia nada para
engana-lo. Ele simplesmente propôs em seu coração cinco maus desígnios que
deram origem ao pecado, primeiramente dizendo “Eu subirei ao céu”, ou
seja, satanás desejava tomar de assalto o trono de Deus. Suas palavras “acima das estrelas de Deus
estabelecerei meu trono” revelam seu plano de exaltar-se acima de Deus e
seus anjos, assim como a expressão “e no monte da congregação me assentarei, aos lados
do norte” demonstra seu
plano de expandir seu reino a Terra, de ter Jerusalém como capital e assim
imitar o plano de Deus. suas palavras “Subirei
sobre as alturas das nuvens”
demonstram sua pretensão de tomar para si a glória do Senhor, o que finalmente
fica evidente ao dizer “e serei semelhante ao Altíssimo”, ou seja, seu
propósito é sobrepujar Deus em sua autoridade e poder.
Assim nasceu o pecado no coração de Satanás.
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