DEVOCIONAL DIÁRIO 01\12\2022 AS AFLIÇÕES E A RAZÃO DE NOSSO VIVER


DEVOCIONAL DIÁRIO

01\12\2022

TÍTULO

AS AFLIÇÕES E A RAZÃO DE NOSSO VIVER

TEXTO

 A leitura do capítulo 1 da epístola de Paulo aos filipenses nos permite perceber que os filipenses sabiam, até certo ponto, das aflições sofridas pelo apóstolo Paulo e das ameaças que pairavam sobre a vida dele. Paulo demonstrou a eles que duas possibilidades estavam diante dele, ele não sabe se continuará vivendo ou se será morto, mas que isto absolutamente não lhe preocupa, pois o viver é Cristo, e o morrer é ganho”.  Encontramos nesta porção da epístola uma espetacular afirmação a respeito da vida e do próprio sentido da vida ao lermos Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho” (Filipenses 1.21)

O que Paulo coloca diante de nós aqui é um profundo teste ao nosso cristianismo: o que é a nossa vida? O que a vida significa para nós? Em sua carta aos coríntios Paulo expos o pensamento epicureu a respeito desta questão, pensamento este que se centraliza no viver, em como viver, buscando desfrutar do máximo de prazer que a vida possa lhe dar, Comamos e bebamos, que amanhã morreremos” (1 Coríntios 15.32). Neste mesmo período os chamados estoicos compreendiam a vida como algo que temos que suportar, devido a sua dureza e a infelicidade que encontramos nela. Para eles viver é sobressair-se as dificuldades, indo em frente em uma constante batalha contra as circunstâncias. Já os místicos entendiam que os problemas da vida estão todos relacionados ao pecado ligado a carne e seus desejos e que devem viver uma vida completamente espiritualizada, para tais tudo é espiritual. A maior parte das pessoas entende a vida como sendo sua família, seu lar, seu trabalho, suas ocupações, suas atividades. Para tais pessoas aqueles que eles amam são a razão de seu viver, de tal forma que, quando estas pessoas faltam, entram em crise. Para Paulo viver é amar a Cristo, e este amor a Cristo domina toda sua vida. Não importava para ele se viveria mais 20 anos ou se seria morto amanhã, o objetivo de sua vida não mudaria, demonstrando que o supremo valor da vida é Cristo.

Ao expressar este elevado conceito do que é a vida, Paulo revela sua compreensão a respeito daquilo que o Senhor Jesus nos ensina Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Mateus 6.21). Para Paulo, ter Cristo como o centro da vida significa que Ele ocupa o centro de nossas afeições. Da mesma forma, o apóstolo nos demonstra que nenhum desejo de seu coração sobrepujava seu desejo de conhecer a Cristo, como revelado no capítulo terceiro capítulo desta epístola E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo... Para conhecê-lo, e à virtude da sua ressurreição, e à comunicação de suas aflições, sendo feito conforme à sua morte” (Filipenses 3.8,10)

Diante desta verdade, devemos sinceramente nos perguntar de que maneira Cristo se torna o centro absoluto da vida deste homem? Para Paulo a única razão para viver era usar sua vida como um testemunho do amor de Jesus Cristo por ele.

Jesus Cristo era a razão central da vida deste homem.

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