DEVOCIONAL DIÁRIO 19\12\22 A NECESSIDADE DE UMA ATITUDE RADICAL DIANTE DO PECADO
DEVOCIONAL
DIÁRIO 19\12\22
TÍTULO
A NECESSIDADE DE UMA ATITUDE RADICAL
DIANTE DO PECADO
TEXTO
Um
grave mal praticado em nosso tempo é a falta de discernimento por parte do povo
de Deus quanto a malignidade do pecado. A deliberada desobediência aos
princípios que norteiam a vida cristã é justificada pelo relativismo que marca
nossa era e sua consequência é desastrosa, como previu o profeta Isaías “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem
mal; que fazem das trevas luz, e da luz trevas; e fazem do amargo doce, e do
doce amargo!” (Isaías
5.20). O povo de Deus sabe o que é pecado, falta-lhe a convicção necessária
para arrepender-se e abandonar aquilo que o Senhor reprova, independente do
custo desta ação.
Esta atitude tão urgente e necessária encontra
eco na narrativa do livro de Esdras quando da volta do povo judeu a sua terra
após os setenta anos de cativeiro na Babilônia. Quando o rei Ciro ordenou que o
povo reconstruísse o templo e a cidade (2 Crônicas 36.23), o escriba Esdras foi
enviado a Jerusalém junto de levitas e sacerdotes para restaurar o culto ao
Senhor. Além de todas a dificuldades logísticas, Esdras teve de combater também
contra o pecado praticado pelo seu povo, descrito no capítulo 9 “O povo
de Israel, os sacerdotes e os levitas, não se têm separado dos povos destas terras,
seguindo as abominações dos cananeus...Porque tomaram das suas filhas para si e
para seus filhos, e assim se misturou a linhagem santa com os povos dessas
terras” (Esdras 9.1,2). O povo de Israel era conhecedor que o Senhor abominava
a união matrimonial de seus filhos com os povos pagãos, e neste caso a situação
era agravada pelas condições encontradas “Todos
estes tomaram mulheres estrangeiras; e alguns deles tinham mulheres de quem
tiveram filhos” (Esdras 10.44). Para restabelecer o culto ao Senhor
era necessário tratar desta situação, e Esdras se dispôs a fazê-lo.
A primeira atitude de Esdras foi reconhecer a
gravidade da situação “E, ouvindo eu tal coisa, rasguei as minhas vestes e o
meu manto, e arranquei os cabelos da minha cabeça e da minha barba, e sentei-me
atônito” (Esdras 9.3). Era necessária uma
atitude drástica, por isso o apelo de Esdras é urgente “eis que
estamos diante de ti, na nossa culpa, porque ninguém há que possa estar na tua
presença, por causa disto” (verso
1 a 5). Mesmo diante de um alto preço, o povo ouviu o apelo de Esdras e tomou a
decisão necessária “Nós temos transgredido contra o nosso Deus, e casamos
com mulheres estrangeiras dentre os povos da terra, mas, no tocante a isto,
ainda há esperança para Israel. Agora, pois, façamos aliança com o nosso Deus
de que despediremos todas as mulheres, e os que delas são nascidos, conforme ao
conselho do meu senhor, e dos que tremem ao mandado do nosso Deus” (Esdras 10.1 a 4).
É difícil para nós imaginarmos como foi para
estes homens tomarem esta decisão e a cumprir. A convicção demonstrada por eles
quanto a gravidade de seu pecado e sua decisão de voltar-se para o Senhor é uma
das atitudes de maior impacto descritas na Bíblia. Talvez você considere que o
que aqueles homens fizeram seja radical demais, então é bom que encerremos a
questão ouvindo o que o próprio Senhor Jesus nos diz “Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e
mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida,
não pode ser meu discípulo” (Lucas 14.26). Que entendamos esta verdade
para nosso próprio bem.
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