DEVOCIONAL DIÁRIO 07\01\2021 O PROBLEMA DA PATERNIDADE CENTRADA NOS FILHOS
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
07\01\2021
TÍTULO
O PROBLEMA DA PATERNIDADE CENTRADA NOS
FILHOS
TEXTO
A família é a unidade
social mais importante em todas as sociedades. O Senhor estabeleceu princípios
para guiar todos os relacionamentos familiares, sendo o relacionamento
marido-esposa o primeiro relacionamento social estabelecido por Deus. Os outros
relacionamentos vieram mais tarde, tais como o pais e filhos e o relacionamento
entre irmãos. O relacionamento entre marido e esposa é o principal na rede de
relacionamentos familiares, sendo que todos os demais relacionamentos
familiares dependem deste principal. O relacionamento marido-esposa é
prioritário nos relacionamentos familiares, pois marido e mulher juntos são a
cabeça e o coração da família. Uma vez que o relacionamento marido-esposa é
prioritário, todos os demais relacionamentos devem se submeter a ele. Esta é a
estrutura estabelecida por Deus para a família, a autoridade dos pais dá-lhes o
direito de governar sobre o lar. Há duas grandes ameaças ao bem da família, e
elas podem estar mais próximas do que você imagina: o menosprezo com o
significado do relacionamento marido-esposa no processo de paternidade e a
prática da paternidade centrada nos filhos. Frequentemente pais tem deixado seu
primeiro amor, um ao outro, e focalizado sua atenção extensivamente aos seus
filhos. Mas este é o primeiro passo para o rompimento dos relacionamentos
familiares e a uma crença que tem sido cada vez mais aceita: que os filhos são
o centro do universo familiar, ao invés de membros vindos dele.
Há cinco questões sobre
as quais deveríamos pensar profundamente quando a esta questão. Primeiro, a paternidade centrada nos filhos é contrária
ao significado bíblico do relacionamento marido-esposa. O livro de Gênesis
revela que, ao olhar para a criação, a reação do Senhor foi “E viu
Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom” (Gênesis 1.31). Deus
falou isto quando homem e mulher ainda não tinham filhos. O relacionamento
matrimonial não tem falta de nada, os filhos não completam a família, eles a
expandem. Devemos também reconhecer que a
paternidade centrada nos filhos é uma das principais razões para a geração de crianças
egocêntricas que temos em nossos dias. Pois ser o centro da vida familiar tende
a gerar nos filhos uma prematura e falsa sensação de
auto-confiança, tornando-os auto-suficientes antes de estabelecer o
autocontrole. Outro problema da paternidade centrada nos filhos é promover a paternidade centrada nos filhos promove a
independência familiar e não a interdependência familiar, levando os filhos a
crescerem envoltos no egoísmo e incapaz de reconhecer a necessidade de
relacionamentos saudáveis com outras crianças. Outra dificuldade deste modelo
de paternidade é o conflito gerado em relação aos próprios filhos. Pais que
centralizam sua vida nos filhos tem dificuldades em reconhecer as falhas de
seus filhos, como também a malignidade de seu método de criação. Finalmente, é necessário
que reconheçamos que a paternidade centrada nos filhos é também uma forma de
idolatria, alçando a felicidade como alvo principal da vida e eliminando a
santidade como aquilo que deve guiar nosso comportamento. É inevitável que, ao
colocarmos nossos filhos como centro de nossa vida, rebaixemos Deus a um lugar
secundário.
Há
uma maneira bíblica de manter o equilíbrio diante de tão grandes tensões. Antes
de tudo, os pais devem manter o relacionamento marido-esposa como fator
estabilizador do lar. Nossos filhos são membros bem vindos à
família, mas não o centro delas. Há diversas maneiras dos pais suprirem as
necessidades de seus filhos sem serem centralizados neles, começando por manter
o relacionamento como marido e esposa em primeiro lugar. Lembre-se que seu cônjuge
sempre será mais importante que os filhos, porque sem estes aqueles não
existiriam. Quando menosprezamos nosso cônjuge após o nascimento dos filhos o
tratamos como alguém que já cumpriu seu objetivo.
Que o Senhor nos conceda
sabedoria nesta questão.
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