DEVOCIONAL DIÁRIO 08\01\2023 O SALMO 31 E O DEUS QUE SEMPRE ESTÁ CONOSCO


DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

08\01\2023

TÍTULO

O SALMO 31 E O DEUS QUE SEMPRE ESTÁ CONOSCO

TEXTO

Mesmo que a maior parte dos salmos bíblicos tenha sido escrita a quase três mil anos, e que a cultura na qual viveram seus autores seja tão distinta de nossos dias, as experiências narradas pelos salmistas jamais perderão seu valor. Encontramos no Salmo 31 a descrição de anseios e temores que são comuns aos descendentes de Adão, da necessidade de proteção ao temor diante das enfermidades e dos homens maus, culminando na gratidão a Deus por seu zeloso amor. É bom que nossos ouvidos estejam atentos a estas verdades.

A primeira divisão deste salmo inicia pelo clamor do salmista “EM ti, Senhor, confio” (verso 1). Seu anseio pela proteção do Senhor pode ser observado em seus contínuos clamores pela presença de Deus “Inclina para mim os teus ouvidos...sê a minha firme rocha...guia-me e encaminha-me... tu és a minha força...” (versos 2 a 5). O cuidado zeloso de Deus pela vida do salmista é reconhecido “pois consideraste a minha aflição; conheceste a minha alma nas angústias... puseste os meus pés num lugar espaçoso” (versos 6 a 8). Reconheçamos que não há proteção igual àquela que os filhos de Deus provam pela sua presença.

A segunda divisão do Salmo 31 nos apresenta um lamento diante da enfermidade, questão pela qual todo ser humano está à mercê. A primeira ação do salmista é clamar pela misericórdia do Senhor sobre ele, seu último recurso diante da enfermidade “Tem misericórdia de mim, ó Senhor, porque estou angustiado” (verso 9). A luta contra a enfermidade o havia levado a uma condição contra a qual ele já não podia lidar Consumidos estão de tristeza os meus olhos, a minha alma e o meu ventre... a minha vida está gasta de tristeza” (versos 9,10). A noção veterotestamentária que a enfermidade era causada pela ira de Deus diante dos pecados de um homem levava seus conterrâneos a zombar dele, aumentando sua dor “Fui opróbrio entre todos os meus inimigos, até entre os meus vizinhos, e horror para os meus conhecidos; os que me viam na rua fugiam de mim” (verso 11).

A terceira divisão deste salmo apresenta o lamento do salmista diante da ameaça de homens maus “Pois ouvi a murmuração de muitos...intentaram tirar-me a vida” (verso 13). Novamente o salmista volta seus olhos ao Senhor, dizendo “Mas eu confiei em ti...Tu és o meu Deus” (verso 14). Não há outra saída para o salmista a não ser clamar pelo socorro do Senhor “livra-me das mãos dos meus inimigos...salva-me por tuas misericórdias” (versos 15,16). O salmista não clama a Deus por vingança, mas por justiça diante de seus opressores “Deixa confundidos os ímpios, e emudeçam na sepultura. Emudeçam os lábios mentirosos que falam coisas más com soberba e desprezo contra o justo” (versos 17,18).

Na quarta e última divisão do salmo 31 encontramos o salmista a expressar sua gratidão ao Senhor pelo seu auxílio sempre presente “Quão grande é a tua bondade...a qual operaste para aqueles que em ti confiam... Tu os esconderás... encobri-los-ás em um pavilhão... Bendito seja o Senhor, pois fez maravilhosa a sua misericórdia para comigo...tu ouviste a voz das minhas súplicas, quando eu a ti clamei” (versos 19 a 22). O Salmo 31 se encerra chamando os filhos de Deus a amar ao Senhor, a esforçarem-se nele, esperando seu socorro em qualquer situação “Amai ao Senhor, vós todos que sois seus santos; porque o Senhor guarda os fiéis. Esforçai-vos, e ele fortalecerá o vosso coração, vós todos que esperais no Senhor(versos 23,24).

Não há maior benção ao salvo do que a certeza da presença de seu Deus, fortalecendo-o diante das enfermidades, livrando-o das mãos dos homens maus e concedendo seu auxílio em todo tempo. Quão maravilhoso é nosso Deus!

 

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