DEVOCIONAL DIÁRIO 09\01\2023 O CICLO DO DECLÍNIO ESPIRITUAL


DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

09\01\2023

TÍTULO

O CICLO DO DECLÍNIO ESPIRITUAL

TEXTO

A teologia do Livro dos Juízes é baseada em um conceito que se repete a cada ciclo em que um juiz se levanta para libertar a nação de Israel do jugo de seus inimigos. Este ciclo iniciava pelo desleixo espiritual em tempos de paz e prosperidade, passava pelo abandono das responsabilidades para com o Senhor, a opressão debaixo do jugo de um povo inimigo e o consequente clamor seguido da libertação enviada pelo Senhor. Este ciclo se repetiu por quatro séculos, e sua causa é descrita no capítulo dois do livro dos Juízes “E foi também congregada toda aquela geração a seus pais, e outra geração após ela se levantou, que não conhecia ao Senhor, nem tampouco a obra que ele fizera a Israel. Então fizeram os filhos de Israel o que era mau aos olhos do Senhor; e serviram aos baalins. E deixaram ao Senhor Deus de seus pais, que os tirara da terra do Egito, e foram-se após outros deuses...Porquanto deixaram ao Senhor...” (Juízes 2.10 a 13). Deixar de seguir ao caminho do Senhor foi um processo que se desenvolveu em meio ao povo de Israel, e o mesmo se dá com os filhos de Deus hoje. Por isso é bom que entendamos e identifiquemos este processo em nós e naqueles que amamos, a fim de tomar as atitudes bíblicas necessárias.

Antes de tudo, o afastar-se de Deus é um processo lento e constante e que pode ser praticado por qualquer cristão. O declínio espiritual é um processo lento, invisível na maior parte e catastrófico para aquele que nele se encontra. Porém, como todo processo, ele é constante. Um cristão não se afasta de Deus abruptamente, mas dia a dia. Primeiro o coração, depois fisicamente, até que a comunhão seja quebrada. Durante este processo de afastamento, o cristão prova daquilo que podemos chamar de inversão justificada das prioridades. Um cristão que segue o caminho do declínio espiritual tem suas razões para justificar que agora suas prioridades são outras. “Preciso de mais tempo para mim”, é que dizem alguns; “Mereço um descanso”, dizem outros, e assim Deus deixa de ser sua prioridade número um de suas vidas. Enquanto passam pelo processo de declínio espiritual, coisas que antes jamais aceitariam passam a fazer parte de suas vidas. Porém, a aceitação destes novos padrões de conduta não ocorrem de uma só vez, elas vão paulatinamente passando a fazer parte de sua vida. Isso atinge: suas vestimentas, que vão se conformando com a moda deste mundo; seu palavreado, que vai se adaptando a nossas novas amizades e grupos de interesse; os lugares que passam a frequentar, onde há coisas que os filhos de Deus devem evitar; também hábitos e vícios que são “socialmente aceitáveis”, porém não ao cristão. E assim, progressivamente, os cristãos em declínio vão se libertando daquilo que chamam de amarras cristãs.

O cristão em declínio espiritual precisa que outros cristãos ao seu redor pratiquem o mesmo que ele, a fim de parecer que seus hábitos não são tão ruins assim. A contaminação começa por atingir a família; em seguida também causará prejuízo a colegas de trabalho que estavam começando a interessar-se pelo evangelho, e se tornará também causa de tropeço a novos convertidos que convivam com ele. O cristão em declínio espiritual finalmente contaminará os demais cristãos que congregam na mesma igreja, causando prejuízos espirituais ao testemunho de toda uma congregação. Conforme o quadro se agrava, mais difícil se torna voltar atrás. Uma vez que o coração foi tomado pelos prazeres deste mundo, desatar estas cordas se torna algo a cada dia mais difícil. Talvez anos de testemunho cristão foram jogados no lixo, e o preço do arrependimento parecerá alto demais.

Há solução para tão trágico afastamento? Sim! A solução de Deus é clara e segura “Lembra-te, pois, de onde caíste, e pratica as primeiras obras” (Apocalipse 2.5).

 

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