DEVOCIONAL DIÁRIO 31\01\2023 A FÉ DE ABRAÃO
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
31\01\2023
TÍTULO
A FÉ DE
ABRAÃO
TEXTO
Não é sem razão que ao
apresentar a justificação pela fé aos cristãos em Roma o apóstolo Paulo tenha
lançado mão do exemplo de fé do patriarca Abraão, mesmo que os acontecimentos
referentes a ele tenham se dado dois mil anos antes da manifestação do Salvador.
A doutrina da justificação pela fé é exposta em sua plenitude no quarto
capítulo da epístola aos romanos tendo por base a experiência de Abraão, exaltando
o método divino de conduzir suas criaturas a salvação. Faremos bem em
reconhecer as virtudes desta fé salvadora retratada na experiência daquele a
quem Paulo chamou de “...pai de todos os
que creem” (Romanos 4.11).
Primeiramente
reconheçamos que a fé manifesta por Abraão teve por ponto de partida unicamente
a promessa feita pelo próprio Deus, como descrito no capítulo 15 do livro de
Gênesis “Então
o levou fora, e disse: Olha agora para os céus, e conta as estrelas, se as
podes contar. E disse-lhe: Assim será a tua descendência. E creu ele no Senhor, e imputou-lhe
isto por justiça” (Gênesis 15.5). Reconheçamos que nada, além da palavra de Deus, tem o
poder de despertar a fé no coração do ser humano, como dito aos romanos “De sorte que
a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” (Romanos 10.17).
Uma prova
inequívoca que a fé de Abraão foi baseada unicamente no que lhe disse o Senhor
é que todas as evidências militavam contra as promessas de Deus. Absolutamente
todos os argumentos da razão apontavam para o não cumprimento da promessa, pois
naturalmente era impossível a Abraão e Sara gerar um descendente. Paulo
argumenta que naturalmente não havia esperança, mas que a fé despertada pelas
promessas de Deus habilitou Abraão a crer “O qual, em esperança,
creu contra a esperança, tanto que ele tornou-se pai de muitas nações, conforme
o que lhe fora dito: Assim será a tua descendência” (Romanos 4.18). Aprendamos
que a manifestação da fé independe de circunstâncias favoráveis, estando
unicamente na dependência daquele que é maior que as circunstâncias.
Devemos
também pensar a respeito da segurança demonstrada por Abraão em relação ao
cumprimento das promessas de Deus. O apóstolo Paulo nos ensina a razão pela
qual Abraão estava seguro quanto as promessas do Senhor “E
estando certíssimo de que o que ele tinha prometido também era poderoso para o
fazer” (Romanos 4.21).
A segurança da fé sempre estará baseada no imutável caráter de Deus, jamais nos
méritos de suas criaturas, como ensinou Paulo a Tito “Em esperança da vida eterna, a qual Deus, que não pode mentir,
prometeu antes dos tempos dos séculos” (Tito 1.2).
Finalmente, uma forte virtude da fé manifesta por
Abraão reside em prática de vida, coerente com sua fé nas promessas de Deus “Pela fé habitou na terra da promessa, como
em terra alheia, morando em cabanas com Isaque e Jacó, herdeiros com
ele da mesma promessa. Porque esperava a cidade que tem fundamentos, da qual o
artífice e construtor é Deus” (Hebreus 11.9,10). A fé levou Abraão a agir e suportar duras provas,
baseado unicamente nas promessas de Deus. sua fé demonstrou-se ativa, moldando
e dirigindo seus passos a partir das promessas de Deus.
Ao
encerrar seus argumentos no quarto capítulo da carta aos romanos, o apóstolo
Paulo liga estas verdades a respeito do patriarca Abraão com a fé daqueles que
confiam em Jesus Cristo quanto a salvação “Ora,
não só por causa dele está escrito, que lhe fosse tomado em conta, mas também por nós, a
quem será tomado em conta, os que cremos naquele que dentre os mortos
ressuscitou a Jesus nosso Senhor; O qual por nossos pecados foi entregue, e ressuscitou para
nossa justificação” (Romanos 4.23 a 25). Cabe aos crentes em Jesus demonstrar a mesma
qualidade da fé de Abraão, a fim de que deem o mesmo testemunho de confiança
nas promessas de Deus.
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