DEVOCIONAL DIÁRIO 03\02\2023 UMA PERFEITA ILUSTRAÇÃO DA FÉ SALVADORA
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
03\02\2023
TÍTULO
UMA PERFEITA ILUSTRAÇÃO DA FÉ SALVADORA
TEXTO
Os leitores atentos da
Bíblia encontram no sétimo capítulo do evangelho de Lucas o maior dos milagres
de cura relatados nos evangelhos. Com apenas uma palavra, sem ter visto ou
tocado no enfermo, o Senhor restitui a saúde ao servo de um centurião romano. A
enfermidade deixou o enfermo mediante unicamente a palavra de Jesus Cristo,
demonstrando cabalmente o poder de Deus agindo por meio do Nazareno. Porém, há
outro fato que nos chama a atenção nesta narrativa de Lucas, que além de Jesus,
do centurião e seu servo, envolve também os anciãos judeus que levaram a
petição a Jesus. Cada um destes personagens baseou seus argumentos em uma
virtude a fim de obter a cura do servo enfermo, argumentos que revelaram o que
havia em seus corações.
Observemos primeiramente
a argumentação dos anciãos judeus enviados pelo centurião a Jesus a fim de
interceder pelo servo doente. O relato de Lucas nos revela “E, chegando eles junto de Jesus,
rogaram-lhe muito, dizendo: É digno de que lhe concedas isto, porque ama a nossa nação, e ele mesmo
nos edificou a sinagoga” (Lucas
7.4,5). O que o argumento destes anciãos deixa transparecer é que em seus
pensamentos Jesus relutaria em ajudar a um gentio, por isso a necessidade de
louvar o centurião e seus feitos, a fim de demonstrar o apreço que possuía para
com a religião judaica. Reconheçamos como é típico do ser humano julgar que
Deus tomara suas decisões baseado nos mesmos padrões de pensamentos de suas
criaturas. Diferente dos pecadores, Deus julga os homens por outro padrão, não
baseado em méritos e reconhecimento.
Olhemos também para o
centurião e seu argumento quanto a necessidade de seu servo e a disposição de
Jesus em ajuda-lo. Lucas registra que o centurião, ao saber que Jesus vinha a
seu encontro, enviou alguns amigos a fim de impedi-lo dizendo “Senhor, não te incomodes, porque não
sou digno de que entres debaixo do meu telhado” (Lucas 7.6), reconhecendo que as simples
palavras de Jesus seriam suficientes para a cura “dize, porém, uma palavra,
e o meu criado sarará” (Lucas 7.7). Seu argumento a fim de justificar sua fé é claro e prático “Porque também eu sou homem sujeito à autoridade, e tenho soldados sob o
meu poder, e digo a este: Vai, e ele vai; e a outro: Vem, e ele vem; e ao meu
servo: Faze isto, e ele o faz” (Lucas 7.8). O centurião reconhecia a autoridade e poder de Jesus ao
ponto de crer que, mesmo à distância, sua palavra seria suficiente para
realizar a cura. Aquilo que os religiosos judeus haviam sido incapazes de
reconhecer, aquele homem gentio o fez, ao reconhecer a missão divina de Jesus.
Finalmente, observemos o argumento do próprio Senhor Jesus quanto a cura
do servo deste centurião. Maravilhado diante da atitude deste homem gentio,
Jesus diz aos que o acompanhavam “Digo-vos que nem ainda em
Israel tenho achado tanta fé” (Romanos 7.9). Diferentemente dos anciãos,
ressalta a fé como causa da benção alcançada. Em nenhum momento Jesus levou em
conta a propagada dignidade do centurião romano e suas benesses para com a
religião judaica. Sua ação para com este homem baseou-se unicamente em um
relacionamento de reconhecimento e confiança que nele foram depositadas.
Que reconheçamos neste relato de Lucas um dos pilares do evangelho e da
relação entre os homens e Deus, revelada pelo apóstolo Paulo em sua epístola
aos efésios “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de
vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2.8,9).
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