DEVOCIONAL DIÁRIO 03\03\2023 A MORTE E RESSURREIÇÃO DE LÁZARO


DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

03\03\2023

TÍTULO

A MORTE E RESSURREIÇÃO DE LÁZARO

TEXTO

Quanta tristeza encontrou Jesus naquele dia em Betânia. Alguns dias antes o Mestre ficara sabendo da enfermidade de seu amado amigo Lázaro, irmão de Maria e Marta. Quando Jesus finalmente chegou a Betânia já faziam quatro dias que Lázaro fora sepultado. Marta foi a primeira a vir ao encontro do Mestre, ficando Maria assentada em casa. Devido a sua proximidade com Jesus, Marta expos publicamente o que havia em seu coração, revelando ao mesmo tempo sua confiança e desapontamento “Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido. Mas também agora sei que tudo quanto pedires a Deus, Deus te concederá” (João 11.21,22). Jesus deu a Marta a maior motivação possível de ser entregue a alguém que chora pela perda de um ente amado “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá” (João 11.25). O encontro com Maria foi ainda mais dramático, pois, lançando-se aos pés do Mestre, Maria acaba por repetir a mesma percepção demonstrada por sua irmã “Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido” (João 11.32).

Neste dia Jesus demonstrou ao mesmo tempo sua perfeita humanidade aliada à sua infinita compaixão por suas criaturas. Todo o cerco ao redor do Mestre passou a prantear a perda de Lázaro, levando Jesus a compartilhar da tristeza e dor daquele povo. Um pequeno e simples verso reflete a enormidade da compaixão do Salvador pelos seus, ao simplesmente dizer o que ocorreu em seguida “Jesus chorou” (João 11.35), um lamento público, amoroso e sincero, revelando-nos o coração daquele que deu a própria vida em lugar dos pecadores. Tomados pelo ambiente de dor, era inevitável que a mesma indagação revelada por Marta e Maria fosse agora dita por outros “Não podia ele, que abriu os olhos ao cego, fazer também com que este não morresse?” (João 11.37), ou seja, não podia Jesus ter evitado toda esta dor e sofrimento, simplesmente fazendo o que tantas vezes já fizera, modificando a realidade dos enfermos unicamente por sua palavra?

Novamente Jesus move-se em seu espírito, agora se dirigindo ao sepulcro onde Lázaro fora sepultado. “Tirai a pedra” ordena o Mestre, imediatamente seguido pelo rogo de Marta, temerosa da exposição pública do cadáver já em decomposição de seu irmão. “Não te hei dito que, se creres, verás a glória de Deus?” (João 11.40), respondeu firmemente Jesus. Ao ser retirada a pedra, Jesus eleva ao Pai uma oração, repleta de uma intimidade e confiança que somente o Filho Unigênito poderia manifestar. A segunda grande ordem é dada, não agora aos homens que lhe rodeiam, mas a um cadáver sepultado e atado por faixas “Lázaro sai para fora” (João 11.43). Quão grande expectativa certamente tomou a toda privilegiada audiência deste grandioso momento, não porque duvidassem do poder de Jesus, mas sim por que ainda não podiam perceber sua real e infinita extensão. João registra este momento com a simplicidade que lhe é característica “E o defunto saiu, tendo as mãos e os pés ligados com faixas, e o seu rosto envolto num lenço” (João 11.44. A terceira ordem do Mestre foi a mais rápida e satisfatoriamente realizada por aqueles homens “Desligai-o e deixai-o ir”.

Talvez estejamos entre aqueles que neste tempo de tantas dores provaram a perda de um ente querido, e a semelhança de Marta e Maria, os questionamentos tem assaltado estes corações, “Se tu estivesses aqui”. Deus sempre esteve presente, cumprindo sua boa vontade, amparando e conduzindo todas as coisas para nosso bem. Infelizmente a dor em nosso coração não permitiu que comtemplássemos sua maravilhosa presença. Descansemos em sua promessa Não vos maravilheis disto; porque vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz” (João 5.28). Logo ele voltará a disser “Tirai a pedra”.

 

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