DEVOCIONAL DIÁRIO 05\03\2023 A MAIS GRAVE INSENSATEZ DOS FILHOS DE DEUS


DEVOCIONAL DIÁRIO

DATA

05\03\2023

TÍTULO

A MAIS GRAVE INSENSATEZ DOS FILHOS DE DEUS

TEXTO

Poucas situações são mais dolorosas a igreja de Cristo do que a partida de pessoas que comungaram de suas bençãos e em determinado momento de sua vida decidem que é tempo de partir em busca de seus próprios desejos. Jamais nos enganemos, sempre será espantoso aos olhos do corpo de Cristo que pessoas assim decidam, assim como a parábola narrada por Jesus no décimo quinto capítulo do evangelho de Lucas era em todos os sentidos espantosa, principalmente no que se refere ao comportamento do filho mais jovem, como descrito pelo Mestre Um certo homem tinha dois filhos; E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda. E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua...” (Lucas 15.11 a 13). Faremos bem em refletir naquilo que esta porção das Escrituras nos apresenta.

Três questões na atitude do filho mais jovem causaram grande choque e escândalo aos homens que ouviram esta história: a primeira delas o fato que este jovem tratou a seu pai como um homem morto, mesmo estando seu pai ainda em vida. A divisão da terra entre ele e seu irmão se daria naturalmente após a morte do pai, mas ele pediu que o pai fizesse isso naquele momento. Cabia ao pai fazer a partilha de sua herança entre seus filhos quando bem entendesse, porém a posse só se daria após sua morte. O jovem ignorou isto. Sua audácia foi ainda maior, pois além de exigir que o pai realizasse a divisão dos bens o jovem também exigiu que transferisse a ele imediatamente o direito de se desfazer da propriedade. Ele queria converter a terra em dinheiro, privando seu pai do sustento de parte da produção da terra. A terra deveria servir para o sustento do pai enquanto estivesse vivo, mas o jovem pouco se importou com este fato. Satisfeitos seus desejos, o filho tratou de afastar-se de seu pai, revelando sua real intenção. Perceba como tudo o que foi narrado até aqui nesta parábola contada por Jesus é absolutamente inconcebível. Ao ouvirem está parábola os ouvintes de Jesus certamente ficaram chocados e escandalizados. A atitude de um filho demonstrando tal grau de ingratidão e desrespeito a seu pai sempre será algo inconcebível, em qualquer tempo ou lugar.

Dotados de uma sinceridade e honestidade santificadas, apliquemos a mesma verdade em relação a tantas pessoas em nossos dias que tem tomado a mesma atitude em relação a Deus e sua casa. Ainda nos causa escândalo a forma como muitos filhos de Deus tratam seu Pai Celestial? O absoluto descompromisso e ingratidão demonstrado por muitos cristãos em relação a Deus pode ser justificado por alguma atitude do Pai celestial que os tenha prejudicado ou maltratado? Por vezes até mesmo os descrentes se escandalizam pela forma como filhos de Deus dão as costas ao seu Pai, a igreja e as suas origens. Assim como o real problema do jovem citado na parábola narrada por Jesus era a forma pela qual ele se relacionava com o pai, valorizando o que o pai possuía e não seu relacionamento paternal, muitos cristãos em nosso dia se mostram ávidos pelas bençãos de Deus, mas pouco interessados em sua companhia.

Em uma coisa jamais nos enganemos: nosso Pai celestial jamais obrigará um filho a lhe ser obediente, todos são livres para exercer seu livre arbítrio, ou seja, adultos capazes de estabelecer suas escolhas e arcar com suas consequências. Possivelmente o jovem relatado na parábola revelou seu plano a amigos e moradores daquele lugar, e deve ter ouvido conselhos para não realizar seu intento, mas não os ouviu. E da mesma forma que ele, muitos cristãos partem de suas igrejas, apesar dos conselhos e dos rogos daqueles que verdadeiramente lhes amam, e apesar de tudo o que Deus já fez por eles.

Que o clamor levantado pelo autor da carta aos hebreus fale profundamente em cada coração “Não deixemos a nossa congregação, como é costume de alguns...” (Hebreus 10.25).

 

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