DEVOCIONAL DIÁRIO 09\03\2023 O SALMO 38 E OS EFEITOS CAUSADOS PELO PECADO ENCOBERTO
DEVOCIONAL
DIÁRIO
DATA
09\03\2023
TÍTULO
O SALMO 38 E OS EFEITOS CAUSADOS PELO
PECADO ENCOBERTO
TEXTO
A leitura dos Salmos
constitui-se em um exercício proveitoso a alma dos salvos, uma vez que as
experiências narradas de forma tão real e sincera pelos salmistas são também
encontradas na vida dos santificados em Cristo Jesus. O que encontramos neste
texto atribuído ao rei Davi é a exposição crua da alma de um homem submetido ao
peso da mão de Deus a fim de que se arrependa e abandone seus íntimos pecados
encobertos. A misericórdia do Senhor permitiu a Davi reconhecer e abandonar
seus pecados enquanto havia oportunidade, e seu testemunho foi registrado a fim
de que não tenhamos a mesma amarga e dolorosa experiência em nossa própria
vida. Demos então ouvidos ao quebrantado rei.
Com certeza a experiência
vivida por Davi foi não somente real como intensa, ao ponto de pedir ao Senhor
que levante o cerco contra sua vida “Ó SENHOR, não me repreendas na tua ira,
nem me castigues no teu furor” (verso 1). A descrição de seu penoso estado inicia por reconhecer que
Deus é o autor deste doloroso enredo “Porque as tuas flechas se cravaram em
mim, e a tua mão sobre mim desceu” (verso 2). A mão do Senhor atingiu ao
salmista por inteiro, chegando a um ponto próximo ao insuportável “Não há coisa sã na minha carne, por causa da tua
cólera; nem há paz em meus ossos, por causa do meu pecado. Pois já as minhas
iniquidades ultrapassam a minha cabeça; como carga pesada são demais para as
minhas forças” (versos 3,4).
Sua condição física é descrita em detalhes “As minhas chagas cheiram mal e estão corruptas, por causa da minha
loucura” (verso 5), e seu ânimo se
assemelha a alguém sofrendo pelo luto “Estou encurvado, estou muito abatido,
ando lamentando todo o dia” (verso 6). Não somente seu corpo padece debaixo
da disciplina do Senhor, também seu coração sofre as consequências de sua
loucura
“Estou fraco e mui quebrantado; tenho rugido pela inquietação do meu
coração” (verso 8).
Além do sofrimento físico e emocional, Davi também é atormentado pela
fraqueza de seu espírito “... quanto à luz dos
meus olhos, ela me deixou” (verso 10),
pelo abandono das pessoas próximas “Os meus amigos e os meus companheiros
estão ao longe da minha chaga; e os meus parentes se põem à distância” (verso
11) e pela malícia de seus inimigos “Também os que buscam a minha vida me armam laços e os
que procuram o meu mal falam coisas que danificam, e imaginam astúcias todo o
dia” (verso 12). A condição de
Davi é tão débil que ele nem ao menos consegue defender-se de seus acusadores,
enquanto contempla sua vida sendo consumida lentamente pela disciplina do
Senhor.
Para que jamais pensemos que tal disciplina vise o mal e a destruição dos
filhos de Deus, Davi termina este salmo narrando a forma como esta mesma
disciplina o capacitou a abandonar seu pecado e a refugiar-se na misericórdia
do Senhor “Porque em ti, Senhor,
espero; tu, Senhor meu Deus, me ouvirás” (verso 15). A ação proveitosa da
disciplina do Senhor finalmente atingiu seu pleno objetivo para com Davi, e sua
exclamação nos deixa saber que a preciosa lição havia sido aprendida “Porque
eu declararei a minha iniquidade; afligir-me-ei por causa do meu pecado” (verso
18). Se antes Davi desejava esconder-se de Deus, agora sua presença é motivo de
seu regozijo “Não me desampares, Senhor,
meu Deus, não te alongues de mim. Apressa-te em meu auxílio, Senhor, minha salvação” (versos 21,22).
Que este precioso salmo
sirva de comprovação prática a todo filho de Deus a quem, de forma amorosa, o
Senhor disciplina, sabendo que o intento de nosso Pai celestial será sempre de
bondade e misericórdia para conosco, como nos ensina o autor da carta aos hebreus
a respeito da disciplina do Senhor “mas este
para nosso proveito, para sermos participantes da sua
santidade” (Hebreus
12.10).
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